São Paulo, domingo, 14 de abril de 2002

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PLANTÃO
Erradicação da pólio traz novos problemas

JULIO ABRAMCZYK

A facilidade da aplicação oral da vacina contra a póliomielite, a Sabin, vem permitindo nos últimos anos um rápido progresso no controle da doença.
O vírus da pólio provoca paralisia muscular. No Brasil, antes da descoberta e introdução da vacina antipólio, a doença afetava grande número de crianças. Ficou conhecida como paralisia infantil, porque as crianças perdiam a capacidade de andar.
No ano passado foram notificados pouco menos de mil casos em dez países. Em 2000, foram 3.000, em 20 países. Quando a campanha internacional de erradicação começou, em 1988, a avaliação sobre o número de portadores do vírus estava em mais de 350 mil.
Apesar dos benefícios, o sucesso na erradicação da pólio traz alguns problemas, explicam Neal Nathanson e Paul Fine, respectivamente do Departamento de Microbiologia da Universidade de Pennsylvania, EUA, e da Faculdade de Higiene e Medicina Tropical de Londres, na revista "Science" de anteontem.
Eles lembram que a finalidade do programa de erradicação é a descontinuidade da campanha de imunização antipólio. Isso inevitavelmente resultará em pessoas que, por não terem sido vacinadas, não desenvolverão proteção contra o vírus da pólio.
O desafio, segundo os especialistas, é assegurar que o vírus da pólio não será reintroduzido em uma população susceptível e sem proteção contra o agente que provoca a doença.

GLAUCOMA Doença pode levar à cegueira
O glaucoma (aumento da pressão intra-ocular) é a principal causa de cegueira entre americanos de origem hispânica, segundo pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, EUA. Por isso, reiteram a importância da inclusão da medida da pressão intra-ocular nos exames oftalmológicos de rotina.

DERRAME Testosterona reduz risco
A testosterona (hormônio sexual masculino) usada sem controle médico pode causar graves danos à saúde. Mas quando é o próprio organismo que o produz e fica em níveis elevados no sangue, reduz o risco de derrame, segundo pesquisa da médica Monika Hollander, da Holanda, apresentada na reunião anual da Academia Americana de Neurologia.
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