São Paulo, sábado, 14 de abril de 2007

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Decreto abre brecha para feira na madrugada

DA REPORTAGEM LOCAL

O decreto com novas regras para o funcionamento das feiras livres na cidade de São Paulo abre brechas para a manutenção da montagem das barracas durante a madrugada.
O barulho causado para montar as estruturas é alvo de diversas reclamações nas subprefeituras e associações de bairro da capital.
A nova legislação diz que as barracas devem ser erguidas a partir das 6h e o comércio na feira funcionará das 7h30 às 13h30. Às 15h, a rua deve estar liberada. Entretanto, mudanças no horário estabelecido poderão ser feitas em feiras extensas e com grande número de barracas -que demoram mais tempo para serem montadas.
Segundo o artigo 5º do decreto, "poderão ser adotados horários diferenciados para a realização de determinadas feiras livres, desde que devidamente solicitado e justificado pela subprefeitura correspondente à área de localização da feira".
De acordo com o supervisor-geral de abastecimento de São Paulo, José Roberto Graziano, feiras com mais de 150 barracas, consideradas de grande porte, podem ser beneficiadas com a ampliação de horário de montagem e desmontagem. Uma portaria é necessária para regulamentar as mudanças.
Entre as feiras de grande porte estão as das ruas Carneiro da Cunha (Saúde), Barão de Capanema (Cerqueira César), Afonso Celso (Vila Mariana) e av. Lavandisca (Indianópolis). "Dependendo do caso pode ser concedido meia hora ou uma hora a mais."
O secretário das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, ressalta que o decreto foi feito em conjunto com representantes dos feirantes e levou em conta as reclamações de moradores.
Na opinião de Célia Marcondes, presidente da Samorcc (sociedade dos amigos de Cerqueira César), esse é o tipo de legislação "inexequível". "Não vai servir a nada", disse. Ela afirmou receber inúmeras reclamações de moradores contra a feira da Barão de Capanema.
"Os feirantes começam a montar as barracas às 4h30 e, com o barulho, acordam centenas de pessoas que moram nos prédios residenciais." Para ela, mais importante que regular o horário é alocar adequadamente as feiras. "A feira que ocorre na al. Lorena aos domingos, numa área comercial, não atrapalha ninguém e é muito bem-vinda." (AFRA BALAZINA)


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