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Por estilo, arquiteto mudava planta
DA REPORTAGEM LOCAL
Nascido na Ucrânia em 1896,
Gregori Warchavchik tornou-se
um dos mais importantes nomes
da arquitetura moderna brasileira. Ele emigrou para São Paulo em
1923 e, quatro anos mais tarde, casou-se com Mina Klabin, filha de
um grande industrial da elite.
São de sua autoria os projetos
das sedes de clubes tradicionais
da cidade, como Paulistano, Hebraica, Tietê e Pinheiros.
Suas iniciativas, no entanto, não
foram consenso naquela época.
Warchavchik teve dificuldades
para colocar em prática as suas
concepções arquitetônicas, que
davam preferência às formas geométricas. A Prefeitura de São Paulo, por exemplo, não aprovava as
fachadas lisas que ele projetava.
Para contornar o problema e tocar a empreitada a seu gosto, o
ucraniano incluía ondulações na
planta original da construção -e
obtinha, com isso, a aprovação.
Quando precisava da liberação
para a moradia, afirmava que a
obra estava "inacabada" por falta
de recursos. E novamente ganhava o aval oficial.
A Casa Modernista da Vila Mariana, na zona sul paulistana, foi a
maneira que Warchavchik encontrou para pôr em prática suas
idéias inspiradas na Semana de
Arte Moderna de 1922, com o uso
de de materiais novos, como ferro, vidro e concreto armado, e a
idéia de que a beleza é resultante
das soluções lógicas e técnicas ditadas pela funcionalidade.
Gregori Warchavchik morreu
em 1972, quando estava com 76
anos. Sua obra na Vila Mariana foi
tombada nos anos 1980.
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