São Paulo, domingo, 14 de maio de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Por estilo, arquiteto mudava planta

DA REPORTAGEM LOCAL

Nascido na Ucrânia em 1896, Gregori Warchavchik tornou-se um dos mais importantes nomes da arquitetura moderna brasileira. Ele emigrou para São Paulo em 1923 e, quatro anos mais tarde, casou-se com Mina Klabin, filha de um grande industrial da elite.
São de sua autoria os projetos das sedes de clubes tradicionais da cidade, como Paulistano, Hebraica, Tietê e Pinheiros.
Suas iniciativas, no entanto, não foram consenso naquela época. Warchavchik teve dificuldades para colocar em prática as suas concepções arquitetônicas, que davam preferência às formas geométricas. A Prefeitura de São Paulo, por exemplo, não aprovava as fachadas lisas que ele projetava.
Para contornar o problema e tocar a empreitada a seu gosto, o ucraniano incluía ondulações na planta original da construção -e obtinha, com isso, a aprovação.
Quando precisava da liberação para a moradia, afirmava que a obra estava "inacabada" por falta de recursos. E novamente ganhava o aval oficial.
A Casa Modernista da Vila Mariana, na zona sul paulistana, foi a maneira que Warchavchik encontrou para pôr em prática suas idéias inspiradas na Semana de Arte Moderna de 1922, com o uso de de materiais novos, como ferro, vidro e concreto armado, e a idéia de que a beleza é resultante das soluções lógicas e técnicas ditadas pela funcionalidade.
Gregori Warchavchik morreu em 1972, quando estava com 76 anos. Sua obra na Vila Mariana foi tombada nos anos 1980.


Texto Anterior: Outro lado: Estado diz que verba a atrasou, mas fará reforma
Próximo Texto: Laços de família: Crianças querem mais beijos das mães
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.