DA REPORTAGEM LOCAL

As mães trabalham bastante e, por isso, não sobra muito tempo para os beijos. Para as crianças, é isso o que acontece no dia-a-dia. Uma conversa com dez alunos do Colégio Radial, no Jabaquara, zona sul da capital, mostra que boa parte por lá está satisfeita com a quantidade de beijos, mas tem as suas reclamações: não gostam quando elas passam do limite.
"Minha mãe me beija tanto que às vezes peço para ela parar", conta Victória Fagilde Silva, 10, da 4ª série. "Fico um pouco envergonhada se ela faz isso na frente de todo mundo, mas eu gosto bastante do carinho dela."
Da mesma opinião é Raphael Silva Sanchez, 11, da 6ª série. "Às vezes minha mãe exagera e peço para ela não me beijar na frente dos amigos. Eu estou grande."
Já Sarah de Carvalho Santos da Costa, 7, da 2ª série, afirma que sua mãe dá muitos beijos. Ela, porém, acha pouco e queria ainda mais. "É tão gostoso que eu queria ser beijada o dia todo", conta. E beijar? "Ah! Também encho minha mãe de beijinhos."
Gabriela Carvalho Oquino, 11, na 6ª série, diz que dá mais beijo do que recebe. "Ela é um pouco brava. Não é daquelas mães meladas, mas não sinto falta de afeto."
João Vitor de Oliveira Silva, 10, da 5ª série, conta que sua mãe dá muito beijo e nunca o agrada depois de uma bronca. "Faria a mesma coisa se fosse meu filho."
Luiz Gustavo Guadagnoli, 9, da 3ª série, queria mais beijo. "Ela me beija de vez em quando. Sei que trabalha bastante e a gente só fica junto à noite ou no fim de semana. Não sobra muito tempo", conta. "Às vezes, peço para ela um beijo porque é muito gostoso."
A mãe de Adriane Takahara, 9, também da 3ª série, é mais uma que trabalha bastante. "Minha mãe me beija de vez em quando porque não tem muito tempo, mas sei que ela me ama." (DT)


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