São Paulo, segunda-feira, 14 de maio de 2007

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RIO DE JANEIRO

Condenado por chacina de Vigário Geral é assassinado

DA SUCURSAL DO RIO

O ex-policial militar Alexandre Bicego Farinha, condenado por participar da chacina de Vigário Geral, em 1993, foi assassinado anteontem, em Realengo, na zona oeste do Rio.
Ele estava num automóvel Fiat Strada, com dois sobrinhos. Os três seguiam para o jogo do Fluminense contra o Cruzeiro, no Maracanã, quando foram cercados e atingidos por disparos.
Felipe Pimenta Farinha, 14, também ficou ferido e morreu ao chegar no hospital Albert Schweitzer, no mesmo bairro.
Segundo o boletim de ocorrência, os tiros partiram de um único autor.
O motivo da morte dele seria o envolvimento de Bicego Farinha com a exploração de transporte ilegal na região, segundo policiais.
Gessy Farinha, pai de Alexandre, que foi retirar o carro que está em seu nome, disse na delegacia apenas que ficou sabendo do "acidente".
Em 2000, Bicego Farinha foi condenado a 72 anos de prisão, a maior condenação recebida pelos acusados de participar na chacina de Vigário Geral, quando um grupo de 50 policias invadiu a favela e matou 21 pessoas em represália a uma emboscada que matara quatro policiais.
O PM fazia parte do grupo de policiais que se autodenominava "Cavalos Corredores", responsável pela chacina. Ele estava solto desde fevereiro deste ano.
Procuradas pela Folha, a Secretaria de Segurança Pública e a assessoria de imprensa da Polícia Militar não souberam informar porque ele estava em liberdade.
A chacina de Vigário Geral foi a maior matança creditada a um grupo de extermínio no Rio até 2005, quando 29 pessoas foram mortas na Baixada Fluminense.


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