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RIO DE JANEIRO
Condenado por chacina de Vigário Geral é assassinado
DA SUCURSAL DO RIO
O ex-policial militar Alexandre Bicego Farinha, condenado por participar da
chacina de Vigário Geral, em
1993, foi assassinado anteontem, em Realengo, na zona
oeste do Rio.
Ele estava num automóvel
Fiat Strada, com dois sobrinhos. Os três seguiam para o
jogo do Fluminense contra o
Cruzeiro, no Maracanã,
quando foram cercados e
atingidos por disparos.
Felipe Pimenta Farinha,
14, também ficou ferido e
morreu ao chegar no hospital Albert Schweitzer, no
mesmo bairro.
Segundo o boletim de
ocorrência, os tiros partiram
de um único autor.
O motivo da morte dele seria o envolvimento de Bicego
Farinha com a exploração de
transporte ilegal na região,
segundo policiais.
Gessy Farinha, pai de Alexandre, que foi retirar o carro que está em seu nome, disse na delegacia apenas que ficou sabendo do "acidente".
Em 2000, Bicego Farinha
foi condenado a 72 anos de
prisão, a maior condenação
recebida pelos acusados de
participar na chacina de Vigário Geral, quando um grupo de 50 policias invadiu a favela e matou 21 pessoas em
represália a uma emboscada
que matara quatro policiais.
O PM fazia parte do grupo
de policiais que se autodenominava "Cavalos Corredores", responsável pela chacina. Ele estava solto desde fevereiro deste ano.
Procuradas pela Folha, a
Secretaria de Segurança Pública e a assessoria de imprensa da Polícia Militar não
souberam informar porque
ele estava em liberdade.
A chacina de Vigário Geral
foi a maior matança creditada a um grupo de extermínio
no Rio até 2005, quando 29
pessoas foram mortas na
Baixada Fluminense.
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