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Conselho manda edifício Itália remover grades de ferro das duas entradas
LETICIA DE CASTRO
DA REPORTAGEM LOCAL
Projetado em 1953 pelo arquiteto alemão Franz Heep
(1902-1978), o edifício Itália,
no centro de São Paulo, vai ter
que remover as grades de ferro das entradas. No local, ficarão as portas de vidro com
sensor de presença, instaladas
no final do ano passado.
A determinação foi do Conpresp (órgão municipal de
preservação do patrimônio),
que liberou a reforma do térreo. O condomínio queria remover a grade da avenida Ipiranga e manter a da São Luís,
mas terá de retirar as duas.
"Pedimos a manutenção da
grade na São Luís por causa
dos moradores de rua. Eles
passam a noite lá e de manhã
está uma sujeira", diz o arquiteto Rogério Magalhães, responsável pela readequação do
térreo, que prevê a troca dos
balcões de informações e a
modernização do letreiro.
Segundo ele, o edifício deverá elaborar proposta alternativa que contemple a questão dos moradores de rua.
O projeto de Heep -formado pela escola Bauhaus e colaborador de Le Corbusier, dois
ícones da arquitetura moderna- previa que as duas saídas
fossem abertas para a rua, justamente para possibilitar a integração do prédio com a cidade e seus habitantes.
Mas foi ainda nos anos 80
que a insegurança fez os administradores do edifício fecharem os dois acessos.
"Os tempos mudaram. O
centro não é mais o mesmo",
diz Magalhães. Hoje, além do
tradicional Terraço Itália
(restaurante e piano bar instalados na cobertura), o prédio abriga o Circolo Italiano,
clube da colônia italiana, e
mais de 100 escritórios.
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