São Paulo, sexta-feira, 14 de maio de 2010

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Conselho manda edifício Itália remover grades de ferro das duas entradas

LETICIA DE CASTRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Projetado em 1953 pelo arquiteto alemão Franz Heep (1902-1978), o edifício Itália, no centro de São Paulo, vai ter que remover as grades de ferro das entradas. No local, ficarão as portas de vidro com sensor de presença, instaladas no final do ano passado.
A determinação foi do Conpresp (órgão municipal de preservação do patrimônio), que liberou a reforma do térreo. O condomínio queria remover a grade da avenida Ipiranga e manter a da São Luís, mas terá de retirar as duas.
"Pedimos a manutenção da grade na São Luís por causa dos moradores de rua. Eles passam a noite lá e de manhã está uma sujeira", diz o arquiteto Rogério Magalhães, responsável pela readequação do térreo, que prevê a troca dos balcões de informações e a modernização do letreiro.
Segundo ele, o edifício deverá elaborar proposta alternativa que contemple a questão dos moradores de rua.
O projeto de Heep -formado pela escola Bauhaus e colaborador de Le Corbusier, dois ícones da arquitetura moderna- previa que as duas saídas fossem abertas para a rua, justamente para possibilitar a integração do prédio com a cidade e seus habitantes.
Mas foi ainda nos anos 80 que a insegurança fez os administradores do edifício fecharem os dois acessos.
"Os tempos mudaram. O centro não é mais o mesmo", diz Magalhães. Hoje, além do tradicional Terraço Itália (restaurante e piano bar instalados na cobertura), o prédio abriga o Circolo Italiano, clube da colônia italiana, e mais de 100 escritórios.


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