São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 2006

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Manual indica evitar atirar, diz secretaria

DA REPORTAGEM LOCAL

Em nota oficial, a Secretaria da Segurança Pública afirmou que, "quanto à investigação das mortes, não cabe à SSP fazer comentários e sim aguardar a conclusão dos inquéritos policiais. A investigação, através dos inquéritos em andamento, é o único caminho para o esclarecimento de cada morte".
Questionada, a pasta não respondeu em quais partes do corpo foram atingidos os 42 membros das forças de segurança mortos em ataques do PCC. Na mesma nota, o órgão disse que a orientação aos policiais é a utilização do "Método Giraldi de Tiro para Preservação da Vida" -tido como um dos melhores do mundo e recomendado pela ONU.
"O "Método Giraldi" preconiza que o gerenciamento de crises se resolva, preferencialmente, sem o disparo da arma de fogo. Ressalta procedimentos e não tiros. A arma é usada como instrumento de dissuasão. A orientação é só usar a arma como instrumento de defesa e garantia da vida. O disparo só ocorre quando o agressor ameaça a vida do policial ou de um terceiro."
"Quanto aos treinamentos práticos de tiro nas academias, a orientação é atingir o agressor -e não uma parte de seu corpo em especial- para interromper uma ameaça", afirmou a nota da secretaria.
O secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, foi procurado ontem, mas não se pronunciou. O governador Cláudio Lembo (PFL) afirmou ontem que Saulo foi destemido e, por isso, defendeu sua permanência no cargo até o fim do governo. Anteontem, a comissão independente que apura 492 homicídios durante a guerra entre o Estado e o PCC passou a pedir a saída dele do cargo.


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