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Pedágio de SP deve sofrer reajuste de 4,4% em julho
Previsão é baseada na variação do IGP-M no período de junho de 2006 a maio
A agência que regula o setor informou que ainda não calculou o índice de reajuste que deve ser aplicado às tarifas a partir do dia 1º
JORGE SOUFEN JR
DA FOLHA RIBEIRÃO
O preço da tarifa de pedágio
nas rodovias de São Paulo administradas por concessionárias deverá sofrer reajuste de
até 4,4% a partir de 1º de julho,
segundo o presidente da ABCR
(Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias),
Moacyr Servilha Duarte. Ele
anunciou a previsão ontem em
Ribeirão Preto (314 km de SP).
A projeção foi baseada no
IGP-M (Índice Geral de Preços
do Mercado) acumulado nos
últimos 12 meses. A correção
por esse índice está prevista
nos contratos firmados com as
12 concessionárias.
Segundo Duarte, as empresas informam à Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte
do Estado de São Paulo) a variação dos últimos 12 meses e,
considerando o período junho-maio, esse número foi de 4,4%.
A Artesp informou, via assessoria de imprensa, que ainda
não calculou o reajuste. Segundo a agência, a variação é calculada de julho a junho -o índice
deste mês ainda não saiu.
Em 2006, a tarifa foi reduzida em até R$ 0,20, em 13 das 79
praças de pedágio do Estado,
como reflexo da queda de
0,33% do IGP-M. Outras praças não tiveram alterações porque o percentual, pequeno, não
permitia o arredondamento de
preços para baixo.
Em 2005, o reajuste foi de
9,08% e, no anterior, de 7%. Em
2003, ocorreu o maior aumento de tarifa dos pedágios:
31,52% (23,64% em julho e
mais 6,37% em dezembro).
Motos
O presidente da ABCR afirmou, ainda, que a cobrança de
pedágios de motos é uma tendência no Brasil.
Em São Paulo, a única rodovia que cobra de motos é a Dutra -que começou no dia 24 de
abril. "Não pela receita que as
motos podem propiciar, mas
porque é um usuário que está
aumentando a cada dia, e que
exige muitos serviços. E não é
razoável que use sem pagar."
O ex-secretário de Transportes do Estado, Michael Paul
Zeitlin, especialista em concessões de rodovias e pedágios,
afirmou que, se ocorrer, a cobrança das motos será positiva.
"Mais receita de motos vai
reduzir a tarifa em geral ou permitir que se cobrem mais obras
e investimentos por parte das
concessionárias", afirmou.
Entre 2004 e 2006, o tráfego
anual nas rodovias concedidas
do Estado cresceu 17,43%, enquanto o aumento no país chegou a ser de 8,97%.
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