São Paulo, quinta-feira, 14 de junho de 2007

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Pedágio de SP deve sofrer reajuste de 4,4% em julho

Previsão é baseada na variação do IGP-M no período de junho de 2006 a maio

A agência que regula o setor informou que ainda não calculou o índice de reajuste que deve ser aplicado às tarifas a partir do dia 1º

JORGE SOUFEN JR
DA FOLHA RIBEIRÃO

O preço da tarifa de pedágio nas rodovias de São Paulo administradas por concessionárias deverá sofrer reajuste de até 4,4% a partir de 1º de julho, segundo o presidente da ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias), Moacyr Servilha Duarte. Ele anunciou a previsão ontem em Ribeirão Preto (314 km de SP).
A projeção foi baseada no IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) acumulado nos últimos 12 meses. A correção por esse índice está prevista nos contratos firmados com as 12 concessionárias.
Segundo Duarte, as empresas informam à Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo) a variação dos últimos 12 meses e, considerando o período junho-maio, esse número foi de 4,4%.
A Artesp informou, via assessoria de imprensa, que ainda não calculou o reajuste. Segundo a agência, a variação é calculada de julho a junho -o índice deste mês ainda não saiu.
Em 2006, a tarifa foi reduzida em até R$ 0,20, em 13 das 79 praças de pedágio do Estado, como reflexo da queda de 0,33% do IGP-M. Outras praças não tiveram alterações porque o percentual, pequeno, não permitia o arredondamento de preços para baixo.
Em 2005, o reajuste foi de 9,08% e, no anterior, de 7%. Em 2003, ocorreu o maior aumento de tarifa dos pedágios: 31,52% (23,64% em julho e mais 6,37% em dezembro).

Motos
O presidente da ABCR afirmou, ainda, que a cobrança de pedágios de motos é uma tendência no Brasil.
Em São Paulo, a única rodovia que cobra de motos é a Dutra -que começou no dia 24 de abril. "Não pela receita que as motos podem propiciar, mas porque é um usuário que está aumentando a cada dia, e que exige muitos serviços. E não é razoável que use sem pagar."
O ex-secretário de Transportes do Estado, Michael Paul Zeitlin, especialista em concessões de rodovias e pedágios, afirmou que, se ocorrer, a cobrança das motos será positiva.
"Mais receita de motos vai reduzir a tarifa em geral ou permitir que se cobrem mais obras e investimentos por parte das concessionárias", afirmou.
Entre 2004 e 2006, o tráfego anual nas rodovias concedidas do Estado cresceu 17,43%, enquanto o aumento no país chegou a ser de 8,97%.


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