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Anotações têm nomes de mais de 50 policiais
DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"
As anotações apreendidas no
Vectra do advogado Jamil
Chokr, 34, suspeito de operar
um esquema de pagamentos de
propina para o funcionamento
irregular de caça-níqueis em
São Paulo, têm ao menos 50 nomes e telefones de pessoas que
figuram como policiais civis.
Ontem, a delegada Cintia
Maria Quaggio, da Corregedoria da Polícia Civil, anunciou
que, até agora, apenas 27 policiais suspeitos terão seus sigilos telefônico e bancário quebrados e irão depor. Ao todo,
ainda segundo a delegada, 90
pessoas são suspeitas de atuar
no esquema de corrupção.
De acordo com os documentos da investigação da corregedoria, somente em uma folha
de papel sulfite apreendida
com Chokr estão os números
de 41 telefones e nomes, todos
precedidos de números que podem ser o de delegacias.
Os demais números investigados como pertencentes a policiais estão em outros papéis.
Ontem à tarde, a reportagem ligou para um desses telefones,
precedido do número 35. O homem que atendeu o telefone
confirmou se chamar Orlando
(como na anotação de Chokr) e
disse que está afastado do 35º
DP (Jabaquara) por licença
médica. Ele confirmou ser policial, mas não quis se identificar
completamente. Orlando também disse não saber por que
seu número de celular estava
nas anotações de Chokr.
Na quebra do sigilo telefônico de Chokr, que tinha dois celulares e um rádio Nextel quando se envolveu no acidente de
carro, aparecem mais de 200
nomes. Um dos aparelhos não
foi periciado porque não tinha
chip de memória.
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