São Paulo, quinta-feira, 14 de junho de 2007

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Anotações têm nomes de mais de 50 policiais

DA REPORTAGEM LOCAL DO "AGORA"

As anotações apreendidas no Vectra do advogado Jamil Chokr, 34, suspeito de operar um esquema de pagamentos de propina para o funcionamento irregular de caça-níqueis em São Paulo, têm ao menos 50 nomes e telefones de pessoas que figuram como policiais civis.
Ontem, a delegada Cintia Maria Quaggio, da Corregedoria da Polícia Civil, anunciou que, até agora, apenas 27 policiais suspeitos terão seus sigilos telefônico e bancário quebrados e irão depor. Ao todo, ainda segundo a delegada, 90 pessoas são suspeitas de atuar no esquema de corrupção.
De acordo com os documentos da investigação da corregedoria, somente em uma folha de papel sulfite apreendida com Chokr estão os números de 41 telefones e nomes, todos precedidos de números que podem ser o de delegacias.
Os demais números investigados como pertencentes a policiais estão em outros papéis. Ontem à tarde, a reportagem ligou para um desses telefones, precedido do número 35. O homem que atendeu o telefone confirmou se chamar Orlando (como na anotação de Chokr) e disse que está afastado do 35º DP (Jabaquara) por licença médica. Ele confirmou ser policial, mas não quis se identificar completamente. Orlando também disse não saber por que seu número de celular estava nas anotações de Chokr.
Na quebra do sigilo telefônico de Chokr, que tinha dois celulares e um rádio Nextel quando se envolveu no acidente de carro, aparecem mais de 200 nomes. Um dos aparelhos não foi periciado porque não tinha chip de memória.


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