JULIO ABRAMCZYK

A relação custo-benefício de um tratamento médico gera controvérsias quando seu custo (risco de vida ao paciente) pode se tornar maior que o benefício (a melhora na qualidade de vida do doente).
A reposição de hormônios femininos na fase pós-menopausa há vários anos é controversa entre as diferentes especialidades médicas. Os ginecologistas são favoráveis e os cancerologistas e mastologistas, contra o seu emprego sem controle.
Há dois anos, o médico Antonio Franco Montoro, especializado em cirurgia de mama, alertava sobre o problema na Revista Brasileira de Mastologia. E citava estudo publicado na revista inglesa "The Lancet" (out./97).
A reposição hormonal estava associada a uma elevação de mais de 14% no risco de câncer mamário, mas o câncer de mama associado ao uso de hormônios femininos apresentava menor agressividade, maior taxa de sobrevida e a doença ficava limitada à mama. O risco crescia de 2% a 3% para cada ano de uso de hormônios, mas, nos dois primeiros anos, não promovia aumento significativo de risco.
Agora não há mais dúvidas ou controvérsias. Pode provocar câncer de mama.
Após a média de 5,2 anos de uso continuado de hormônios femininos (estrógenos mais progesterona), "o risco de câncer de mama excedeu os limites de segurança", assinala Jacques E. Rossouw. Ele é o coordenador da pesquisa da Divisão de Saúde Feminina do Instituto de Saúde dos EUA, que está disponível no site www.jama.com e será publicada na íntegra no "Journal of the American Medical Association", na próxima quarta-feira.

REPELENTES

Alguns repelem por mais tempo

O tempo de eficácia de repelentes foi estudado por Mark Fradin e John Day, da Universidade da Flórida, e relatado na revista "The New England Journal of Medicine". A dietiltoluamida (ingrediente ativo do Repelex, nome comercial no Brasil), protegeu por cerca de 5 horas. Outro repelente, o etilbutilacetilaminopropionato, protegeu por 22,9 minutos. Esse repelente faz parte da formulação da "Johnson's Baby Loção Antimosquito", que informa que "repele mosquitos e outros insetos por quatro horas".

FISIOTERAPIA

Livro estuda sua aplicação

O condicionamento físico e as terapias físicas disponíveis são abordadas na quarta edição de "Princípios e Prática de Fisioterapia", de William Arnould-Taylor, da Artmed Editora, de Porto Alegre (tel. 0/xx/51/3330-3444).


Texto Anterior: Uso sem acompanhamento preocupa médicos
Próximo Texto: Notas - Psiquiatria: Instituto faz diagnóstico de memória de graça
Índice