São Paulo, terça-feira, 14 de agosto de 2007

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Especialista diz que pode haver espera para pouso

DA REPORTAGEM LOCAL

Na opinião do engenheiro e consultor em construção de helipontos Carlos Freire, é correto a prefeitura avaliar o impacto de vizinhança causado pelos helipontos e limitar horários para seu funcionamento.
Mas ele não concorda com a definição de uma distância mínima existente no projeto de lei. "Cada caso é um caso", diz.
O vice-presidente da Abag (Associação Brasileira de Aviação Geral), Adalberto Febeliano, cita exemplos do que essa legislação, se aprovada, causará. Em muitos prédios localizados em lados opostos das marginais e na zona leste, em lados opostos à linha de metrô e trem, não será mais possível instalar helipontos.
Em sua opinião, as decisões sobre helipontos deveriam ser tomadas em conjunto entre Anac e prefeitura. "Em razão do trânsito caótico da cidade, o helicóptero é hoje indissociável da vida em São Paulo. O que precisamos é minimizar e gerenciar o impacto sobre a população, disciplinando onde pode existir e até que horas pode funcionar o heliponto", afirma.
Segundo Febeliano, um dos problemas da restrição a novos helipontos é a possibilidade de ocorrer congestionamento para pousar. Se as aeronaves precisarem ficar no ar aguardando sua vez de descer, afirma, o incômodo com o ruído será grande para os moradores.
Para ele, é necessário maior fiscalização por parte da prefeitura -para averiguar se o ponto é autorizado- e controle do funcionamento de helipontos pela Anac -para verificar, por exemplo, se ocorrem muitos pousos durante a noite, o que gera incômodo à população.
As regiões que hoje concentram mais helipontos são as da av. Brig. Faria Lima, da av. Paulista e da av. Eng. Luís Carlos Berrini. Elas reúnem grandes empresas e hospitais. Na região da Paulista, entretanto, Freire diz que está cada vez mais difícil obter aprovação em razão do grande número de helipontos existentes na área. A avaliação é que a possibilidade de ocorrer acidentes nesse caso é maior, já que existe a chance de um helicóptero não ver o outro.


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