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Especialista diz que pode haver espera para pouso
DA REPORTAGEM LOCAL
Na opinião do engenheiro e
consultor em construção de helipontos Carlos Freire, é correto a prefeitura avaliar o impacto de vizinhança causado pelos
helipontos e limitar horários
para seu funcionamento.
Mas ele não concorda com a
definição de uma distância mínima existente no projeto de
lei. "Cada caso é um caso", diz.
O vice-presidente da Abag
(Associação Brasileira de Aviação Geral), Adalberto Febeliano, cita exemplos do que essa
legislação, se aprovada, causará. Em muitos prédios localizados em lados opostos das marginais e na zona leste, em lados
opostos à linha de metrô e
trem, não será mais possível
instalar helipontos.
Em sua opinião, as decisões
sobre helipontos deveriam ser
tomadas em conjunto entre
Anac e prefeitura. "Em razão
do trânsito caótico da cidade, o
helicóptero é hoje indissociável
da vida em São Paulo. O que
precisamos é minimizar e gerenciar o impacto sobre a população, disciplinando onde pode
existir e até que horas pode
funcionar o heliponto", afirma.
Segundo Febeliano, um dos
problemas da restrição a novos
helipontos é a possibilidade de
ocorrer congestionamento para pousar. Se as aeronaves precisarem ficar no ar aguardando
sua vez de descer, afirma, o incômodo com o ruído será grande para os moradores.
Para ele, é necessário maior
fiscalização por parte da prefeitura -para averiguar se o ponto
é autorizado- e controle do
funcionamento de helipontos
pela Anac -para verificar, por
exemplo, se ocorrem muitos
pousos durante a noite, o que
gera incômodo à população.
As regiões que hoje concentram mais helipontos são as da
av. Brig. Faria Lima, da av. Paulista e da av. Eng. Luís Carlos
Berrini. Elas reúnem grandes
empresas e hospitais. Na região
da Paulista, entretanto, Freire
diz que está cada vez mais difícil obter aprovação em razão do
grande número de helipontos
existentes na área. A avaliação
é que a possibilidade de ocorrer
acidentes nesse caso é maior, já
que existe a chance de um helicóptero não ver o outro.
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