São Paulo, quinta-feira, 14 de agosto de 2008

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Apreendido há um ano pela polícia, veículo leva 6 multas

Camionete, tomada pela polícia em investigação, foi flagrada em infrações de trânsito

Advogado de proprietária levou o caso à Corregedoria da Polícia Civil e diz que veículo foi "estilizado", com um adesivo novo no vidro

GEORGE ARAVANIS
DA FOLHA RIBEIRÃO

Há um ano, a camionete S-10 2004 da comerciante Gleidicimara Almeida dos Santos, 36, foi apreendida pelo Deic (Departamento de Investigações Criminais) da Polícia Civil de São Paulo, durante investigação em Ribeirão Preto. Hoje, ela coleciona seis multas e 40 pontos na carteira de habilitação porque o carro, que deveria ficar apreendido, foi flagrado em infrações na via Anhangüera e em ruas da capital paulista.
O advogado da comerciante, Alexandre Durante, levou o caso à Corregedoria da Polícia Civil em 6 de junho, mas ainda não recebeu resposta. "Na última multa, tem até um adesivo no vidro. Estilizaram o carro."
As três primeiras multas foram aplicadas logo no dia da apreensão, 16 de agosto do ano passado, na via Anhangüera: duas por excesso de velocidade e uma por evasão de pedágio.
A quarta ocorreu em 16 de abril, por ultrapassagem a sinal vermelho na avenida Cangaíba com a rua Malacacheta, na Penha, zona leste de São Paulo. Outra infração foi registrada em 8 de maio, no cruzamento das ruas Tuiuti e Melo Freire, no Tatuapé, zona leste, por falta de cinto de segurança.
Em 11 de julho, mais uma multa, por excesso de velocidade na rua Doutor Assis Ribeiro, e outra na zona leste.
A comerciante, que não quis dar entrevista, recorreu de todas. Os recursos ainda estão em trâmite, segundo o advogado.
O carro foi apreendido pelo Deic na investigação de uma quadrilha que extorquia dinheiro de pessoas com ações judiciais contra fundos de pensão no Estado. O grupo enviava cartas prometendo que as vítimas seriam colocadas numa ação popular se depositassem uma quantia numa conta. Segundo Durante, um dos suspeitos foi visto na casa de Santos, onde o Deic achou cartas que eram enviadas às pessoas.
Santos e o marido dela -cujo nome não foi revelado- foram presos em flagrante, mas alegam que os documentos eram de um conhecido que os deixou lá. O casal teve a liberdade provisória decretada 45 dias depois da prisão.
Procurado, o Deic disse que não se manifestaria porque a Corregedoria está investigando o caso. A Secretaria da Segurança Pública confirmou a investigação e disse que não vai se pronunciar antes da conclusão.


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