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PRIMA VELHA 3
Inpe prevê mais chuvas para a capital e litoral; prognóstico vale para outubro, novembro e dezembro
Primavera será quente e chuvosa em SP
da Reportagem Local
Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) prevêem que a primavera na cidade de
São Paulo e no litoral paulista será
um pouco mais chuvosa do que o
normal, com temperaturas dentro
da média histórica ou ligeiramente
acima do usual.
O prognóstico é válido para os
meses de outubro, novembro e dezembro, que englobam a maior
parte da primavera.
"Não podemos dizer exatamente quanto deverá chover a mais no
período. Nossos modelos climáticos não são tão precisos assim",
disse Nuri Calbete, meteorologista
do Cptec (Centro de Previsão de
Tempo e Estudos Climáticos) do
Inpe.
As previsões do Cptec sobre como seria este inverno em São Paulo acabaram se mostrando corretas. O inverno foi quente e seco,
como o Inpe previra.
A média histórica de chuvas em
outubro na capital paulista é de 124
mm, com temperatura média de
19øC. Em novembro, esses índices
costumam se elevar para 146 mm e
20,3øC e, em dezembro, chegam a
210 mm e 21,1øC.
Segundo o Cptec, também deverá chover um pouco acima da média na primavera na região Sul. No
Rio de Janeiro, as chuvas deverão
ficar dentro da média da estação.
Minas Gerais, Nordeste, Centro-Oeste e Norte deverão ter um
pouco menos de chuva do que o
normal.
Em termos de alterações de temperatura, não estão previstas grandes anomalias na maior parte do
país. Apenas no Norte e Nordeste,
as temperaturas deverão se mostrar ligeiramente mais elevadas na
primavera.
"A situação prevista é compatível com a influência do El Niño sobre o nosso clima", afirmou Nuri.
Em ano de El Niño, podem ocorrer fortes chuvas no Sul e seca prolongada no Nordeste, sobretudo
nos meses de verão.
Como o El Niño deste ano surgiu
precocemente, alguns meteorologistas acham que seus efeitos também podem se manifestar com
força antecipada, na primavera.
Poluição
A Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental)
prevê que a poluição atmosférica
por excesso de ozônio deverá aumentar na cidade de São Paulo nos
próximos três meses.
"Isso deverá ocorrer por dois
motivos: o fim do rodízio e o início
da primavera", disse Cláudio
Alonso, gerente de qualidade ambiental da Cetesb.
Segundo Alonso, a primavera é a
época do ano que normalmente
registra a maior incidência de poluição por excesso de ozônio.
"Mas, na soma de todos os poluentes, a primavera costuma ser
menos poluída do que o inverno",
afirmou Alonso.
(MARCOS PIVETTA)
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