São Paulo, domingo, 14 de setembro de 1997.



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PRIMA VELHA 3
Inpe prevê mais chuvas para a capital e litoral; prognóstico vale para outubro, novembro e dezembro
Primavera será quente e chuvosa em SP

da Reportagem Local

Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) prevêem que a primavera na cidade de São Paulo e no litoral paulista será um pouco mais chuvosa do que o normal, com temperaturas dentro da média histórica ou ligeiramente acima do usual.
O prognóstico é válido para os meses de outubro, novembro e dezembro, que englobam a maior parte da primavera.
"Não podemos dizer exatamente quanto deverá chover a mais no período. Nossos modelos climáticos não são tão precisos assim", disse Nuri Calbete, meteorologista do Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) do Inpe.
As previsões do Cptec sobre como seria este inverno em São Paulo acabaram se mostrando corretas. O inverno foi quente e seco, como o Inpe previra.
A média histórica de chuvas em outubro na capital paulista é de 124 mm, com temperatura média de 19øC. Em novembro, esses índices costumam se elevar para 146 mm e 20,3øC e, em dezembro, chegam a 210 mm e 21,1øC.
Segundo o Cptec, também deverá chover um pouco acima da média na primavera na região Sul. No Rio de Janeiro, as chuvas deverão ficar dentro da média da estação.
Minas Gerais, Nordeste, Centro-Oeste e Norte deverão ter um pouco menos de chuva do que o normal.
Em termos de alterações de temperatura, não estão previstas grandes anomalias na maior parte do país. Apenas no Norte e Nordeste, as temperaturas deverão se mostrar ligeiramente mais elevadas na primavera.
"A situação prevista é compatível com a influência do El Niño sobre o nosso clima", afirmou Nuri.
Em ano de El Niño, podem ocorrer fortes chuvas no Sul e seca prolongada no Nordeste, sobretudo nos meses de verão.
Como o El Niño deste ano surgiu precocemente, alguns meteorologistas acham que seus efeitos também podem se manifestar com força antecipada, na primavera.
Poluição
A Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) prevê que a poluição atmosférica por excesso de ozônio deverá aumentar na cidade de São Paulo nos próximos três meses.
"Isso deverá ocorrer por dois motivos: o fim do rodízio e o início da primavera", disse Cláudio Alonso, gerente de qualidade ambiental da Cetesb.
Segundo Alonso, a primavera é a época do ano que normalmente registra a maior incidência de poluição por excesso de ozônio.
"Mas, na soma de todos os poluentes, a primavera costuma ser menos poluída do que o inverno", afirmou Alonso.
(MARCOS PIVETTA)




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