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A SANGUE FRIO
Enterro de vítimas tem cerimônia budista
DO "AGORA"
Uma cerimônia budista de duas
horas de duração, com queima de
incensos e mantras cantados por
monges, precedeu ontem o enterro de quatro das cinco vítimas, todas da mesma família, da chacina
ocorrida na zona leste de São Paulo no último final de semana.
Cerca de 60 pessoas, entre parentes e vizinhos, acompanharam
o enterro de Tadashi e Futaba Yonekura e seus filhos Fatima, 31, e
Nilton, 26, às 16h50, no Cemitério
da Vila Nova Cachoeirinha (zona
norte de São Paulo).
O corpo da quinta vítima da
chacina, Erica Akemi Miyamoto,
28, mulher de Willian (que sobreviveu) e nora de Tadashi e Futaba,
foi trasladado para a cidade de
Assis Chateaubriand, no Paraná,
onde moram seus parentes.
Em recuperação
Muito abalado, Tsuneto Sassaki,
irmão da aposentada Futaba Yonekura, contou que seu sobrinho
Willian se recupera dos ferimentos, no hospital.
"Ele está muito chateado", disse
Sassaki. Durante o crime, Willian
recebeu várias pancadas na cabeça, perdeu parcialmente a consciência e foi tido como morto pelos autores da chacina.
Ele tinha chegado no sábado do
Japão, com a mulher, a irmã e o filho, que foi apresentado aos avós.
Antes de falar com os jornalistas, Sassaki chorou e precisou de
alguns minutos para tomar fôlego
novamente. "Estamos muito chocados", foi sua primeira fala.
Sassaki não quis fazer muitos
comentários sobre o crime. Limitou-se a dizer que seu sobrinho,
junto com o filho dele, de 11 meses, que foi poupado pelos assassinos, está sob proteção de policiais do DHPP (departamento de
homicídios).
O bebê estava no colo da mãe,
Erica, que foi morta dentro de um
carro parado na garagem da casa
da família. A criança não sofreu
ferimentos, mas está no hospital,
em observação.
Tsuneto Sassaki fez, ainda, um
apelo: "Vamos lutar para nunca
mais acontecer isso. A gente sempre acredita que tem que lutar honestamente. Tudo mundo que
trabalha sabe como é duro ganhar
a vida".
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