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VÔO 1907
Promotoria apura se há "zona morta" na rota aérea
Objetivo é averiguar se há segurança para vôos no local onde aconteceu o acidente
Anomalia que ocorre na região da serra do Cachimbo pode ter dificultado a comunicação entre pilotos e torres de controle de vôo
HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ (MT)
O procurador-chefe do Ministério Público Federal em
Mato Grosso, Gustavo Nogami,
afirmou ontem que abriu um
procedimento administrativo
para investigar a segurança do
espaço aéreo na região do acidente com o avião da Gol.
"Vamos apurar se existe uma
zona morta [que impede contato das torres com aviões] e as
condições do tráfego aéreo."
Após a colisão, o jornalista
norte-americano Joe Sharkey,
passageiro do Legacy, disse à
imprensa dos EUA que "o controle do tráfego aéreo brasileiro
é péssimo". O piloto Joseph Lepore e o co-piloto Jean Paul Palladino afirmaram, em depoimento à Polícia Civil de Mato
Grosso, que não conseguiram
fazer contato com as torres de
controle de vôo, em Brasília e
Manaus, antes do acidente.
Nos dias subseqüentes à queda do Boeing, o Decea (Departamento de Controle do Espaço
Aéreo) realizou sobrevôos de
inspeção na região do acidente
e não detectou falhas nos radares e nas torres de controle de
vôo que pudessem comprometer a comunicação, como teria
ocorrido com o jato Legacy.
Nogami disse que a investigação será paralela ao inquérito, aberto a pedido do Ministério Público Federal, para apurar as causas e responsabilidade pelo acidente aéreo.
Conforme a Folha publicou
no início do mês, a Aeronáutica
classifica "buraco negro", ou
zona morta, na citação do procurador, como "anomalia magnética" que pode ocorrer na região da serra do Cachimbo, onde foi o choque. Porém, o fenômeno é típico de baixas altitudes e de alguns horários e depende da radiação solar.
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