São Paulo, quarta-feira, 14 de novembro de 2001

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TRÂNSITO

Prefeita Marta Suplicy consegue barrar 16 emendas e se compromete a dar permissão de sete anos a até 6.000 perueiros

Câmara aprova projeto que muda transporte

ALENCAR IZIDORO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Câmara Municipal aprovou ontem à noite por unanimidade, em segunda votação, um projeto de lei de reformulação do transporte na cidade de São Paulo. A proposta vai agora para a sanção da prefeita Marta Suplicy (PT).
A versão aprovada foi a quarta desde que o projeto deu entrada na Câmara, em setembro.
A base governista conseguiu, por 33 votos a 11, barrar a aprovação de 16 emendas que mudavam partes estruturais do projeto. As sete que foram incorporadas, com 28 votos (quantidade mínima necessária), só corrigem erros de digitação do texto original ou acrescentam detalhes técnicos.
A versão aprovada não contempla a possibilidade de subsídio, reivindicada inicialmente por dois vereadores aliados de Marta, Alcides Amazonas (PC do B) e Antonio Carlos Rodrigues (PL), mas mantém um dos pedidos das viações, ao fixar uma quantidade máxima de perueiros: 6.000.
A principal mudança em relação à primeira votação, na última quinta-feira, foi um compromisso assumido pelo secretário dos Transportes, Carlos Zarattini, de garantir que os perueiros terão a permissão por sete anos, prorrogáveis por mais três, no edital de licitação. Pelo texto do projeto, a prefeitura poderia estabelecer um prazo de "até" sete anos, podendo adotar um período inferior, de quatro anos, por exemplo.
O projeto aprovado na Câmara incorpora sugestões da bancada do PSDB, como a integração do sistema municipal com trens e metrô e a requalificação dos motoristas e cobradores.
As emendas do partido, porém, não foram aprovadas na Casa. Por exemplo, a que obrigava a manutenção do número atual de postos de trabalho (em torno de 55 mil). O texto prevê, porém, que os atuais trabalhadores tenham prioridade de contratação após a licitação para selecionar novas empresas de ônibus.
A proposta de reformulação do transporte divide a capital paulista em dois sistemas: estrutural e local. O primeiro será concedido apenas às viações, envolvendo a operação em grandes corredores que ligam os bairros às regiões centrais. No segundo, a cargo dos perueiros e das empresas de ônibus, a circulação será restrita aos bairros, levando os passageiros até as linhas estruturais.





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