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LIXO
Lotes com menor exigência técnica tiveram maior números de empresas interessadas
Concorrência atrai 17 empreiteiras
CHICO DE GOIS
DA REPORTAGEM LOCAL
A apresentação de propostas
para a concorrência do lixo em
São Paulo demonstra que a maior
disputa acontecerá nos lotes com
menos exigências técnicas e, portanto, com menor valor de pagamento pelo serviço prestado. Ontem, 17 empreiteiras entregaram
documentação na Secretaria de
Serviços e Obras (SSO) para participar da licitação.
A expectativa é concluir a concorrência até o fim do ano. A última licitação para o setor aconteceu em 95, na gestão de Paulo Maluf. Atualmente, a prefeitura
mantém contratos de emergência
com seis empreiteiras.
A Folha apurou que o lote mais
disputado é o cinco, que inclui as
administrações regionais de Vila
Mariana e Jabaquara. No total,
nove empreiteiras se candidataram a disputar esse grupo. A concentração de concorrentes nesse
agrupamento se deve à disponibilidade de equipamentos. O edital
exige a comprovação de um recolhimento mensal de 10.061 toneladas de lixo, o que significa um recolhimento inferior a cidades como Osasco (12.800 toneladas) e
Ribeirão Preto (12.500 toneladas).
Além disso, o capital social exigido é o menor entre os nove lotes: R$ 1,4 milhão. Atualmente, a
prefeitura paga uma média de R$
1,4 milhão mensal pelo serviço
executado nesse grupo.
De acordo com o edital, as empresas podem se candidatar a todos os nove lotes, mas ganharão,
no máximo, dois.
Disputa
Outros lotes que atraíram muitos concorrentes são o dois, o oito
e o nove. Cada um deles será disputado por oito empreiteiras. O
lote dois é o menor entre os nove
disputados, assim como a exigência de comprovação de varrição
também é a menor. Para participar desse agrupamento, a empreiteira tem de comprovar a varrição
de 4.952 quilômetros mensais.
Os lotes mais rentáveis, como o
um, três, quatro e seis, terão poucos concorrentes. O lote um (Sé e
Lapa), cujo pagamento mensal é
de cerca de R$ 5 milhões, será disputado pela Marquise, Enterpa,
Vega e SPL. As três primeiras já
trabalham para a prefeitura.
Para participar desse agrupamento, as empreiteiras têm de
comprovar, por exemplo, uma
varrição de 25.935 quilômetros
por mês e um recolhimento mensal de 18.920 toneladas de lixo.
O lote três, ao qual pertencem as
regionais de Campo Limpo, Santo
Amaro, Cidade Ademar e Capela
do Socorro, será disputado pelas
mesmas empresas do lote anterior, exceto a SPL. O grupo tem a
maior exigência para coleta de lixo entre os disputados: 31.018 toneladas por mês. Mensalmente, a
prefeitura paga pelo serviço nessa
região cerca de R$ 4,5 milhões. A
Vega e a Enterpa são as empreiteiras que concorrem a mais lotes.
Cada uma delas apresentou proposta para oito agrupamentos.
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