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OUTRO LADO
Crise na Justiça impediu isenção, afirma advogado
DA REPORTAGEM LOCAL
Jaime Alejandro Motta Salazar, advogado de Maurício Norambuena, disse que o Tribunal de Justiça de São Paulo não
foi isento no julgamento de ontem. Para ele, os desembargadores foram pressionados pelas recentes denúncias que
atingem o Judiciário.
"Não se pode esperar isenção, principalmente no momento delicado porque passa a
Justiça." Salazar disse que
aguarda a publicação do acórdão para definir sua estratégia.
Segundo ele, cabe inicialmente
recurso especial ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Para o advogado, não há provas de que o grupo agia como
quadrilha, pois o Ministério
Público não apresentou outras
ações conjuntas dos sequestradores. A condenação por tortura não se justificaria porque
não há evidências de que o grupo obteve informação mediante castigos físicos, o que caracterizaria o crime, diz Salazar.
O advogado de Marta Mejia e
Carina Lopez, Jairo Fonseca,
considera inconstitucional a
manutenção em regime fechado durante a maior parte da pena por sequestro.
Salazar solicitou o adiamento
da avaliação da extradição de
seu cliente pelo STF (Supremo
Tribunal Federal), que aconteceria nesta semana, pois não
poderia ir à audiência.
(FL)
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