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Aplicação de mais de uma prova por ano é alternativa
Medida dispensa elevada estrutura de segurança concentrada num só dia
Outras soluções são
o Enem on-line e
provas aplicadas regionalmente pelas universidades federais
DE SÃO PAULO
Provas on-line, descentralizadas ou aplicadas mais de
uma vez ao ano estão entre as
alternativas ao modelo atual
do Enem, afirmam reitores e
analistas de educação.
Para o ministro Fernando
Haddad (Educação), a melhor maneira de evitar novos
problemas no exame é a realização de várias edições da
prova ao ano -o que evitaria
a necessidade de se montar
uma grande estrutura de segurança para um único dia.
A ideia inicial era que já
houvesse dois exames neste
ano, mas o plano foi abortado devido à fraude no exame
da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) -aplicado pela Cespe, que também aplicou o Enem.
"Antes do término do inquérito da Polícia Federal,
nós não sentimos segurança
para abrir as inscrições para
a prova", disse anteontem.
Para Olinda Assmar, reitora da Ufac (federal do Acre),
as federais têm de estar ao lado do Ministério da Educação na execução da prova
-assim, afirma, aproveita-se
a experiência das instituições na operacionalização de
processos seletivos.
"É preciso envolver mais
as instituições federais. Aí,
talvez, todas as universidades passem a adotar [integralmente] o Enem."
A execução da prova neste
ano cabe ao consórcio Cespe/Cesgranrio, contratado
por R$ 128 milhões.
Aplicar o Enem em dias diferentes segundo as regiões
do país evitaria o transtorno
de comprometer toda a prova
em razão de um problema
pontual, diz João Luiz Martins, reitor da Ufop (Ouro Preto) e presidente em exercício
da Andifes (associação dos
reitores das federais).
A TRI (Teoria de Resposta
ao Item), pela qual as questões do exame são concebidas, permite criar provas de
dificuldade equivalente com
perguntas distintas. As provas, desse modo, não precisariam ser no mesmo dia.
A prova on-line, outra alternativa, elevaria a segurança do exame, pois envolveria
um contingente menor para
executá-lo e não seria necessário enviar milhões de provas para todo o país. A desvantagem é a necessidade de
investir alto em sistemas.
"[O Enem como está hoje]
É uma proposta audaciosa,
difícil de ser implementada
porque está apoiada no velho papel como suporte", diz
Gabriel Mario Rodrigues,
presidente da Abmes (Associação Brasileira dos Mantenedores de Ensino Superior).
"Quando o meio eletrônico for utilizado, os resultados
serão outros e com muito
mais condições de êxito",
afirma.
(FT e RG)
Colaboraram RENATA BAPTISTA e
RAPHAEL MARCHIORI
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