São Paulo, domingo, 14 de novembro de 2010

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Mais um sindicalista é morto a tiros em SP

É a 2ª morte em 18 dias no sindicato de ônibus

ROGÉRIO PAGNAN
DE SÃO PAULO

O diretor do Sindicato dos Motoristas de São Paulo José Carlos da Silva, 50, foi morto na noite de anteontem no Jardim Peri, zona norte de São Paulo, com cinco tiros.
Silva é o segundo sindicalista ligado ao transporte público assassinado em São Paulo em 18 dias. Ele fazia parte do mesmo sindicato que a vítima anterior, o Sindmotoristas. A polícia investiga se os crimes têm ligação.
De acordo com a polícia e com a direção do sindicato, o diretor foi baleado por volta das 20h dentro de seu carro após deixar um bar, próximo à rua Araújo de Castro.
Ele havia acabado de entrar no veículo quando uma moto com duas pessoas parou ao lado do carro. O garupa sacou uma arma e passou a realizar os disparos. Silva chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Em protesto contra a morte, houve paralisação de funcionários da Viação Sambaíba (onde Silva trabalhava). A SPTrans teve que disponibilizar 66 ônibus para a região.
Em nota, o presidente do sindicato, Isao Hosogi, disse lamentar "mais esta fatalidade e esperar que autoridades elucidem o mais rápido possível o covarde assassinato."
No mês passado, o sindicalista Sérgio Augusto Ramos, 48, também foi morto a tiros no Jd. Ângela (zona sul).
Ele havia dito à Promotoria que estava sendo ameaçado e que Hosogi, o presidente do sindicato, era o principal interessado em sua morte.
Ramos havia denunciado Hosogi por corrupção. O presidente do sindicato nega ter participação nos crimes.


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