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Prédios residenciais e shoppings terão de fazer coleta seletiva
Norma criada por lei estadual vale para edifícios com no mínimo 50 apartamentos, mas precisa ser regulamentada
Empresas de grande porte,
repartições públicas e
condomínios industriais
com ao menos 50 unidades
também estão incluídos
AFRA BALAZINA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os prédios residenciais do
Estado de São Paulo com no
mínimo 50 apartamentos terão
que fazer coleta seletiva do lixo
e acondicionar separadamente
papéis, plásticos, metais, vidro,
material orgânico e resíduos
não-recicláveis.
É o que prevê uma lei publicada quarta-feira no "Diário
Oficial" do Estado. Embora o
texto afirme que a lei entra em
vigor com a publicação, ela ainda precisa ser regulamentada
pelo Poder Executivo.
A determinação vale também
para shoppings com mais de 50
lojas, empresas de grande porte, condomínios industriais
com pelo menos 50 estabelecimentos e repartições públicas.
O projeto, do deputado Carlinhos Almeida (PT), previa um
prazo de seis meses para os empreendimentos se adaptarem.
Entretanto, o artigo que estabelecia o prazo foi vetado.
A lei estabelece multa de 500
Ufesps (R$ 6.965) para quem
desrespeitar a nova regra.
O projeto de lei havia sido
aprovado no final de 2005, mas
vetado pelo ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). No último dia 23, a Assembléia Legislativa derrubou o veto.
A regulamentação deverá definir, entre outras pontos, a maneira como deve ser acondicionado o material coletado e se a
retirada do material será feita
pelas prefeituras ou se prédios
e shoppings deverão fazer contratos com cooperativas.
Segundo estimativa do Secovi-SP (sindicato da habitação),
só 10% dos condomínios fazem
atualmente a coleta seletiva.
"Essa lei veio de encontro ao
que o Secovi pensa. Lançamos
há dois anos um manual para
coleta seletiva em condomínios", afirmou Sérgio Meira de
Castro Neto, diretor de condomínios do sindicato.
Segundo ele, uma dificuldade
inicial era o uso de quatro tonéis para separar vidro, papel,
metal e plástico. Agora, diz, a
separação é feita apenas entre
material orgânico e reciclável.
"Muitos condomínios nem têm
espaço para os quatro tonéis."
Shoppings
O superintendente do shopping Frei Caneca, Wilson Pelizaro, diz que a coleta seletiva só
não foi implementada antes no
local em razão da complexidade logística. "Com certeza nós
vamos nos enquadrar", disse.
Segundo ele, no Frei Caneca,
na região central da cidade,
acumulam-se cerca de 9 toneladas de lixo por dia. "Hoje, pagamos para uma empresa particular retirar os contêineres
com o lixo. Seria ótimo se, com
a coleta seletiva, a prefeitura
passasse a fazer a retirada."
O Morumbi Shopping, na zona sul, disse que foi informado
da lei e que se adequará o mais
rápido possível. Já o shopping
SP Market, também na região,
afirmou que faz a coleta seletiva desde setembro de 2003.
As lixeiras das duas praças de
alimentação, por exemplo, são
adesivadas com os símbolos da
reciclagem. Elas são divididas
em cinco grupos de coletas: orgânico, vidro, plástico, papel e
alumínio/metais.
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