DA REPORTAGEM LOCAL

A chuva forte e os ventos de até 80 km/h que atingiram o Estado de São Paulo na noite de anteontem e na tarde de ontem deixaram bairros da capital sem luz e derrubaram árvores sobre vias importantes. No litoral, a Defesa Civil registrou feridos e casas destruídas.
A chuva foi resultado de áreas de instabilidade provocadas pelo calor -a temperatura máxima registrada pelo CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) foi de 34,8C, na zona leste da cidade. A previsão para hoje é que as temperaturas altas também tragam chuva e vento forte.
Em São Paulo, houve ao menos 15 pontos de alagamento (três deles intransitáveis), de acordo com o CGE. A chuva também causou queda de árvores e falta de energia elétrica (ocasionada por raios e vento) em no mínimo nove regiões, sobretudo nas zona sul e oeste, informou a AES Eletropaulo.
Na Arena Skol Anhembi, na zona norte, a queda de parte da cobertura dos quiosques de alimentação deixou dois funcionários com "pequenas escoriações", segundo a SPTuris.
De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a queda de árvores causou a interdição de trechos de vias importantes, como as avenidas Ibirapuera, na zona sul, e Pompeia, na zona oeste -por volta das 18h de ontem, havia 109 km de lentidão na cidade.

Litoral
As consequências da tempestade foram mais graves no litoral do Estado. O Corpo de Bombeiros informou que cinco pessoas se feriram no desabamento de um armazém em Santos. As buscas por possíveis vítimas sob os escombros continuava até a conclusão desta edição.
No Guarujá, três barracos foram destruídos, deixando quatro famílias desabrigadas. A chuva também derrubou dezenas de árvores, inclusive em ruas próximas às praias de Pitangueiras e Enseada. Não houve feridos na cidade, segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, que informou ainda que as famílias se recusaram a ir para albergues e estão em casas de parentes.
Uma outra casa pode ser derrubada -cinco outras sofreram danos leves -foram destelhadas pelo vento.
Anteontem e ontem, a Defesa Civil recebeu 60 chamados por causa de quedas de árvores sobre carros e ruas, segundo Regina Elza Araújo, coordenadora regional na Baixada Santista. "A chuva foi rápida, em forma de pancadas. Mas o vento foi tão forte que arrancou tudo em diversas ruas."


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