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São José usa banco de dados em investigação
JOSÉ BENEDITO DA SILVA
da Folha Vale
A Polícia Civil de São José dos
Campos (97 km de São Paulo) está investigando a ação de perueiros clandestinos com um banco
de dados montado pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais).
O trabalho está identificando os
principais líderes do movimento,
a área de atuação de cada um e os
motoristas que possuem antecedentes criminais.
Incêndios
Segundo o delegado-seccional,
Roberto Monteiro de Andrade
Júnior, esse trabalho da polícia
possibilitou a prisão, no final do
ano passado, de 11 perueiros acusados de incendiar quatro ônibus
do transporte coletivo.
"Muitas pessoas com antecedentes criminais, inclusive ex-presidiários, estão dirigindo peruas", afirmou o delegado com
base no mapeamento, que a polícia não divulga.
"É uma questão de logística, para apoiar a ação da polícia. É só
para ter uma noção de quem é
quem na cidade", disse.
A Secretaria dos Transportes de
São José, que tem comandado a
fiscalização que reduziu de 210
para cerca de 80 o número de
clandestinos, também está monitorando a ação dos perueiros.
Filmagem
"Além daqueles que fazem a fiscalização, temos alguns carros filmando e outros tirando fotos das
peruas", disse o secretário dos
Transportes, Eduardo Cury.
O líder dos perueiros da zona
leste da cidade, José Paschoal Filho, disse que não há como saber
quantos motoristas têm antecedentes criminais. "Quem tem que
saber isso é a prefeitura."
Lista
No final do ano passado, Paschoal entregou uma lista com 210
nomes de perueiros clandestinos
à prefeitura, com nome, endereço
e documentos de identidade.
"O perueiro que está nessa lista
não vai aprontar nada errado porque a prefeitura tem o seu CPF,
RG e tudo", afirmou.
A prefeitura disse que não encaminhou a lista fornecida por Paschoal à polícia.
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