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MORTE NA USP
Advogado vai pedir anulação de denúncia
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado Guilherme Otavio
Batocchio, que defende dois dos
quatro acusados pela morte do
estudante de medicina Edson
Hsueh, em fevereiro de 99, vai entrar com um habeas corpus no
Tribunal de Justiça na próxima
semana para tentar anular a denúncia e o respectivo processo.
Battochio defende o médico
Frederico Carlos Jana Neto, o
Ceará, e o estudante de medicina
Ari de Azevedo Marques Neto.
Além de Ceará e Ari, respondem ao processo aberto devido à
denúncia da promotora Eliana
Passarelli o médico Guilherme
Novita Garcia e o estudante Luís
Eduardo Tirico.
"Não conseguimos decodificar
qual ato que cada um cometeu
que possa ter relação com a morte
do estudante. Há falta de justa
causa e inexistência de indícios de
que houve um homicídio", disse.
Segundo o secretário de Comunicação do Ministério Público,
Roberto Livianu, os quatro foram
denunciados como protagonistas
e organizadores de uma "cerimônia macabra", em que os calouros
do curso de medicina da USP foram constrangidos a beber e a entrar na piscina, independentemente de saber nadar ou não.
Os quatro estão intimados a depor no Fórum de Pinheiros amanhã, às 10h30. Os interrogatórios
deverão ser fechados ao público e
à imprensa, pois a juíza Maria Lúcia Mendes decretou que o processo correrá sigilosamente.
(FLÁVIA DE LEON)
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