São Paulo, domingo, 15 de fevereiro de 1998

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Perícia deve levar 30 dias para ser concluída

RONI LIMA
da Sucursal do Rio

Técnicos policiais do ICE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli) começaram ontem o trabalho de perícia no que restou do prédio administrativo do aeroporto Santos Dumont, no centro, que pegou fogo anteontem.
O incêndio, que começou entre 1h30 e 2h, queimou dois terços do prédio. O trabalho dos bombeiros foi dificultado pelo não funcionamento dos hidrantes e pelo fato de algumas mangueiras estarem furadas. Uma escada magirus também não funcionou.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, a perícia deve levar 30 dias para ser concluída.
Na manhã de ontem, os bombeiros continuavam o trabalho de rescaldo no que sobrou da estrutura queimada do prédio.
Dois carros de combate a incêndio e 16 homens do quartel central do Corpo de Bombeiros trabalhavam em busca de algum foco de fogo que ainda restasse no prédio. Em pelo menos um ponto, era possível ver um pouco de fumaça.
Para o major Veloso, que chefiava o plantão dos bombeiros, já é possível perceber, "pela marcha do fogo", que o incêndio começou na parte esquerda do prédio administrativo.

Ponte aérea e curiosos

Os vôos da ponte aérea São Paulo-Rio, que antes desciam no Santos Dumont , continuam a pousar no Galeão (cerca de 25 minutos de carro do centro da cidade) pelo menos até terça-feira, quando a Infraero se reúne com as companhias aéreas.
Dezenas de curiosos foram também ao local acompanhar o trabalho dos bombeiros e ver o que restou do prédio. "Acabou, né? Agora tem que começar de novo", disse o mecânico Edson Geraldo Gonçalves, 42, morador da zona sul.
O engenheiro Júlio César Costa, 33, levou o filho Raphael, 5, para ver de perto o aeroporto queimado. "Ele é doido por avião. Desde que acordou, tá me perturbando pra vir", afirmou Costa, que mora na Tijuca (zona norte).
Alguns motoristas de táxi voltaram ao seu tradicional ponto de trabalho em frente ao aeroporto apenas para acompanhar os trabalhos dos bombeiros.



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