São Paulo, quinta-feira, 15 de março de 2007

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25% dos homens adultos das capitais abusam de bebidas alcoólicas, diz estudo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um quarto dos homens adultos das capitais brasileiras consome bebida alcoólica de forma abusiva -isso ocorre com apenas 8% das mulheres. Já o fumo, que vem caindo de forma recorde no país, ainda é hábito entre 16% dos adultos. Outros 22% se declaram ex-fumantes. O excesso de álcool é maior na faixa etária 25 a 34 anos, tanto para homens (32%) quanto para mulheres (12%). No total da população de maiores de 18 anos das capitais, 16% relataram abuso da bebida, segundo o Vigitel 2006.
A maior freqüência desse excesso ocorre em Salvador, Recife e Teresina, e a menor, em Boa Vista, Curitiba e São Paulo, variando de 12% a 22%. Em um bar em São Paulo, o piloto de avião Gabriel Saia, 21, conta que ao menos uma vez por semana reúne-se com dois amigos para conversar e beber cerveja. "Tomamos juntos umas 15 latinhas." O limite, segundo ele, depende da situação.
"Se estou em jejum, uma lata tem efeito muito maior do que se estou bem alimentado." O abuso do álcool, na pesquisa Vigitel, foi definido como o consumo de quatro (mulheres) ou cinco (homens) doses de bebida num único dia, seja lata de cerveja, drinque de destilado ou taça de vinho.
Segundo os pesquisadores, esse comportamento é um sinalizador de um episódio de abuso da bebida e traz riscos à saúde, ainda que não seja costume freqüente do indivíduo, mas não indica alcoolismo. Em termos práticos, o governo federal avalia que é preciso intensificar as campanhas de saúde sobre o tema. "O governo tem que enfrentar a propaganda do álcool", disse o ministro da Saúde, Agenor Alvares.
A prevalência de fumo entre adultos nas capitais, 16%, foi considerado baixo com relação à região. Segundo o governo, esse número fica entre 30% e 40% em vizinhos como Argentina e Uruguai. Mesmo considerando apenas o Vigitel, que abrange maiores de 18 anos em capitais, é possível ver diferenças nas gerações.
A soma de fumantes e ex-fumantes, indica que quase 70% dos homens nascidos antes de 1961 se expuseram ao fumo, contra cerca de 30% dos mais jovens, de 18 a 24 anos.


Colaborou FERNANDA CALGARO


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