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25% dos homens adultos das capitais abusam de bebidas alcoólicas, diz estudo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um quarto dos homens adultos das capitais brasileiras consome bebida alcoólica de forma
abusiva -isso ocorre com apenas 8% das mulheres. Já o fumo, que vem caindo de forma
recorde no país, ainda é hábito
entre 16% dos adultos. Outros
22% se declaram ex-fumantes.
O excesso de álcool é maior
na faixa etária 25 a 34 anos, tanto para homens (32%) quanto
para mulheres (12%). No total
da população de maiores de 18
anos das capitais, 16% relataram abuso da bebida, segundo o
Vigitel 2006.
A maior freqüência desse excesso ocorre em Salvador, Recife e Teresina, e a menor, em
Boa Vista, Curitiba e São Paulo,
variando de 12% a 22%.
Em um bar em São Paulo, o
piloto de avião Gabriel Saia, 21,
conta que ao menos uma vez
por semana reúne-se com dois
amigos para conversar e beber
cerveja. "Tomamos juntos
umas 15 latinhas." O limite, segundo ele, depende da situação.
"Se estou em jejum, uma lata
tem efeito muito maior do que
se estou bem alimentado."
O abuso do álcool, na pesquisa Vigitel, foi definido como o
consumo de quatro (mulheres)
ou cinco (homens) doses de bebida num único dia, seja lata de
cerveja, drinque de destilado
ou taça de vinho.
Segundo os pesquisadores,
esse comportamento é um sinalizador de um episódio de
abuso da bebida e traz riscos à
saúde, ainda que não seja costume freqüente do indivíduo,
mas não indica alcoolismo.
Em termos práticos, o governo federal avalia que é preciso
intensificar as campanhas de
saúde sobre o tema. "O governo
tem que enfrentar a propaganda do álcool", disse o ministro
da Saúde, Agenor Alvares.
A prevalência de fumo entre
adultos nas capitais, 16%, foi
considerado baixo com relação
à região. Segundo o governo,
esse número fica entre 30% e
40% em vizinhos como Argentina e Uruguai.
Mesmo considerando apenas
o Vigitel, que abrange maiores
de 18 anos em capitais, é possível ver diferenças nas gerações.
A soma de fumantes e ex-fumantes, indica que quase 70%
dos homens nascidos antes de
1961 se expuseram ao fumo,
contra cerca de 30% dos mais
jovens, de 18 a 24 anos.
Colaborou FERNANDA CALGARO
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