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CASO RICHTHOFEN
Advogado fala que, caso continue presa, ela será morta
Suzane é levada para o interior às escondidas
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Às escondidas, sob um forte esquema de segurança montado pelo governo do Estado, a assassina
confessa dos pais Suzane Louise
von Richthofen, 22, foi transferida
anteontem à tarde da Penitenciária Feminina Sant'Ana, no complexo do Carandiru (zona norte),
para uma prisão cuja localização é
mantida em segredo.
A Secretaria da Administração
Penitenciária, responsável pela
custódia das 4.215 presas de São
Paulo, disse ontem que, "por motivos de segurança", não iria revelar para onde Suzane foi levada.
"Com a transferência, está demonstrado que ela, em liberdade,
estaria mais segura. Caso continue presa, poderá ser morta", disse o advogado Mário Sérgio de
Oliveira, defensor de Suzane.
A Folha apurou que a jovem foi
levada para o Centro de Ressocialização de Rio Claro (175 km de
SP), a mesma prisão onde ela havia ficado até 29 de junho do ano
passado, quando o STJ (Superior
Tribunal de Justiça) concedeu a
ela um habeas corpus. Com cerca
de 120 detentas, a prisão é considerada uma das mais tranqüilas
do Estado e abriga mulheres prestes a ganhar a liberdade.
Na terça-feira, segundo o delegado Armando de Oliveira Costa
Filho, do DHPP (departamento
de homicídios), o também advogado Denivaldo Barni, protetor
de Suzane que trabalhava na Dersa (Desenvolvimento Rodoviário
S.A.) com seu pai, Manfred, pediu
para que ela fosse para Rio Claro.
Suzane confessou a participação na morte dos pais, Manfred,
49, e Marísia, 50. O casal foi assassinado enquanto dormia, com
golpes de cano de ferro, em outubro de 2002. O então namorado
de Suzane, Daniel Cravinhos, e o
irmão dele, Cristian, foram os autores dos golpes. Eles também estão presos e aguardam o julgamento, previsto para 5 de junho.
Suzane voltou a ser presa na última segunda-feira, por decisão
do juiz Richard Francisco Chequini após entrevista dela ao
"Fantástico" -na qual seus advogados a orientam a chorar- e
da divulgação de que ela entrou
na Justiça para administrar os
bens dos pais.
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