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Usuários têm receio de mudar de operadora
MÔNICA RIBEIRO E RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Mesmo os usuários que
apontaram problemas em
seus atuais planos de saúde
ainda estão com receio de
trocar de operadora.
Usuária da Medial há três
anos, a secretária executiva
Márcia Rosselli, 54, relata
que há duas semanas ficou
durante 25 minutos em seu
telefone celular para agendar
um exame ginecológico.
Com a demora, ela desistiu
e relatou o problema à seção
"A Cidade é Sua", da Folha.
Só depois disso, afirma ela,
a empresa entrou em contato por e-mail, ontem, e a consulta foi agendada para o final deste mês.
"Tive resposta da empresa
e eles foram atenciosos. Mas
não seguiram a portaria de 1º
de dezembro [referente ao
atendimento dos call centers, de, no máximo, um minuto]", afirma Márcia.
Convicta de que cada plano de saúde "tem uma desculpa diferente" para justificar suas falhas, Márcia prefere esperar um pouco para
ver como será aplicada, na
prática, a transferência de
plano sem a obrigatoriedade
de nova carência -a chamada portabilidade.
"Gostaria de pagar um plano mais barato, que não me
fizesse passar por tanto estresse. Por enquanto não vou
mexer em nada porque tenho exames agendados", diz.
Também com receio da
mudança, a jornalista Higia
Faetusa Soares Nichele, 35,
quer mudar de plano de saúde por estar insatisfeita com
os serviços. Mas diz que só
fará isso com a garantia de
que as consultas médicas
não serão prejudicadas.
"O meu medo é mudar para alguma coisa duvidosa.
Antes de pensar em trocar,
quero saber como será a negociação com os médicos,
pois tenho medo de não ter
um atendimento completo."
Em março, Higia teve dificuldade para realizar um
exame de raio-X e marcar o
retorno de uma consulta. Ela
foi atendida após reclamar
na central de atendimentos
da Amil, da qual é conveniada desde 2000.
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