São Paulo, quarta-feira, 15 de abril de 2009

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Usuários têm receio de mudar de operadora

MÔNICA RIBEIRO E RIBEIRO
DA REDAÇÃO

Mesmo os usuários que apontaram problemas em seus atuais planos de saúde ainda estão com receio de trocar de operadora.
Usuária da Medial há três anos, a secretária executiva Márcia Rosselli, 54, relata que há duas semanas ficou durante 25 minutos em seu telefone celular para agendar um exame ginecológico.
Com a demora, ela desistiu e relatou o problema à seção "A Cidade é Sua", da Folha.
Só depois disso, afirma ela, a empresa entrou em contato por e-mail, ontem, e a consulta foi agendada para o final deste mês.
"Tive resposta da empresa e eles foram atenciosos. Mas não seguiram a portaria de 1º de dezembro [referente ao atendimento dos call centers, de, no máximo, um minuto]", afirma Márcia.
Convicta de que cada plano de saúde "tem uma desculpa diferente" para justificar suas falhas, Márcia prefere esperar um pouco para ver como será aplicada, na prática, a transferência de plano sem a obrigatoriedade de nova carência -a chamada portabilidade.
"Gostaria de pagar um plano mais barato, que não me fizesse passar por tanto estresse. Por enquanto não vou mexer em nada porque tenho exames agendados", diz.
Também com receio da mudança, a jornalista Higia Faetusa Soares Nichele, 35, quer mudar de plano de saúde por estar insatisfeita com os serviços. Mas diz que só fará isso com a garantia de que as consultas médicas não serão prejudicadas.
"O meu medo é mudar para alguma coisa duvidosa. Antes de pensar em trocar, quero saber como será a negociação com os médicos, pois tenho medo de não ter um atendimento completo."
Em março, Higia teve dificuldade para realizar um exame de raio-X e marcar o retorno de uma consulta. Ela foi atendida após reclamar na central de atendimentos da Amil, da qual é conveniada desde 2000.


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