|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
RODOANEL
Dersa e Prefeitura de Embu ainda não definiram local para a construção
Passarela ainda não saiu do papel
DA REPORTAGEM LOCAL
A falta de acordo entre o Dersa
(Departamento de Estradas e Rodagem S.A.) e a Prefeitura de Embu (Grande São Paulo) atrasaram
a construção de uma passarela no
trecho oeste do Rodoanel, que faz
a ligação das rodovias Régis Bittencourt e Raposo Tavares.
Após um mês de inauguração
do trecho e duas reuniões, tanto
os técnicos do Dersa quanto os da
prefeitura ainda não conseguiram
"bater o martelo" sobre a localização da passarela, que foi prometida pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) há um mês.
Reportagem publicada pela Folha em 16 de abril mostrou que
cerca de 20 mil moradores dos
bairros Jardim Vista Alegre, Mimas e Gramado estavam "ilhados" por não terem como atravessar a rodovia.
No dia 17 de abril, Alckmin prometeu que a primeira passarela
estaria pronta em 30 dias e que
outras seriam feitas conforme "as
necessidades estabelecidas pelas
prefeituras dos municípios por
onde passa o Rodoanel".
Desacordo
Ontem, em reunião, o "impasse" entre os técnicos continuou.
O Dersa iria começar a construção da passarela na altura do km
278 da Régis. A prefeitura de Embu disse que a localização não iria
beneficiar a população que mora
no entorno do Rodoanel.
Segundo Nilton Fiori, assistente
da diretoria de operações do Dersa, as obras não deixaram de ser
feitas por questões técnicas e, sim,
pelo debate em torno da "melhor
localização para a população".
"É melhor que seja assim. Não
adianta construirmos uma passarela onde a comunidade não quer
e onde ninguém vai atravessar.
Mas, assim que for decidido, levantamos uma em até 25 dias."
Em um mês de funcionamento,
segundo a Polícia Rodoviária Estadual, foram registrados quatro
acidentes no trecho oeste do Rodoanel: o incêndio de um ônibus,
uma colisão entre um automóvel
e uma mureta de proteção, um capotamento e uma batida envolvendo três caminhões.
Em todos eles não houve vítimas fatais e a polícia não registrou
ocorrências de atropelamento.
Um mês depois de aberto, o
movimento do Rodoanel ainda
está abaixo do esperado pelo Dersa, que previa uma média de 34
mil veículos por dia.
O último estudo do órgão mostrou que circulam por dia no trecho oeste 24 mil veículos, ou seja,
mil veículos/hora.
A Secretaria Municipal dos
Transportes afirma que a inauguração do trecho aumentou em
31% o tráfego de caminhões nas
avenida Escola Politécnica. Antes
da inauguração, no pico da manhã, passavam pela avenida 239
caminhões. Agora, são 312.
Nas avenidas Jaguaré, Corifeu
de Azevedo Marques e Politécnica
houve aumentos de 13%, 2,6%,
14% no número de veículos que
passam a cada hora.
Segundo Pedro Nagao, chefe da
assessoria técnica da secretaria, o
aumento do número de veículos
aumentou a lentidão nos bairros
próximos ao acesso.
Fiori afirma que o aumento nessas ruas não foi "significativo" e
que o problema será resolvido
com a inauguração, em julho, de
todo o trecho oeste do Rodoanel,
que ligará a Régis à Bandeirantes.
(PALOMA COTES)
Texto Anterior: Abastecimento: Marta oferece secretaria a vereador Próximo Texto: Panorâmica - Lixo: Prefeitura decide esperar decisão da Justiça para trocar prestadora de serviço Índice
|