São Paulo, quarta-feira, 15 de maio de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

RODOANEL

Dersa e Prefeitura de Embu ainda não definiram local para a construção

Passarela ainda não saiu do papel

DA REPORTAGEM LOCAL

A falta de acordo entre o Dersa (Departamento de Estradas e Rodagem S.A.) e a Prefeitura de Embu (Grande São Paulo) atrasaram a construção de uma passarela no trecho oeste do Rodoanel, que faz a ligação das rodovias Régis Bittencourt e Raposo Tavares.
Após um mês de inauguração do trecho e duas reuniões, tanto os técnicos do Dersa quanto os da prefeitura ainda não conseguiram "bater o martelo" sobre a localização da passarela, que foi prometida pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) há um mês.
Reportagem publicada pela Folha em 16 de abril mostrou que cerca de 20 mil moradores dos bairros Jardim Vista Alegre, Mimas e Gramado estavam "ilhados" por não terem como atravessar a rodovia.
No dia 17 de abril, Alckmin prometeu que a primeira passarela estaria pronta em 30 dias e que outras seriam feitas conforme "as necessidades estabelecidas pelas prefeituras dos municípios por onde passa o Rodoanel".

Desacordo
Ontem, em reunião, o "impasse" entre os técnicos continuou.
O Dersa iria começar a construção da passarela na altura do km 278 da Régis. A prefeitura de Embu disse que a localização não iria beneficiar a população que mora no entorno do Rodoanel.
Segundo Nilton Fiori, assistente da diretoria de operações do Dersa, as obras não deixaram de ser feitas por questões técnicas e, sim, pelo debate em torno da "melhor localização para a população".
"É melhor que seja assim. Não adianta construirmos uma passarela onde a comunidade não quer e onde ninguém vai atravessar. Mas, assim que for decidido, levantamos uma em até 25 dias."
Em um mês de funcionamento, segundo a Polícia Rodoviária Estadual, foram registrados quatro acidentes no trecho oeste do Rodoanel: o incêndio de um ônibus, uma colisão entre um automóvel e uma mureta de proteção, um capotamento e uma batida envolvendo três caminhões.
Em todos eles não houve vítimas fatais e a polícia não registrou ocorrências de atropelamento.
Um mês depois de aberto, o movimento do Rodoanel ainda está abaixo do esperado pelo Dersa, que previa uma média de 34 mil veículos por dia.
O último estudo do órgão mostrou que circulam por dia no trecho oeste 24 mil veículos, ou seja, mil veículos/hora.
A Secretaria Municipal dos Transportes afirma que a inauguração do trecho aumentou em 31% o tráfego de caminhões nas avenida Escola Politécnica. Antes da inauguração, no pico da manhã, passavam pela avenida 239 caminhões. Agora, são 312.
Nas avenidas Jaguaré, Corifeu de Azevedo Marques e Politécnica houve aumentos de 13%, 2,6%, 14% no número de veículos que passam a cada hora.
Segundo Pedro Nagao, chefe da assessoria técnica da secretaria, o aumento do número de veículos aumentou a lentidão nos bairros próximos ao acesso.
Fiori afirma que o aumento nessas ruas não foi "significativo" e que o problema será resolvido com a inauguração, em julho, de todo o trecho oeste do Rodoanel, que ligará a Régis à Bandeirantes. (PALOMA COTES)


Texto Anterior: Abastecimento: Marta oferece secretaria a vereador
Próximo Texto: Panorâmica - Lixo: Prefeitura decide esperar decisão da Justiça para trocar prestadora de serviço
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.