São Paulo, domingo, 15 de maio de 2011

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Disputa por peças tem até "estouro da boiada"

No Lar Escola São Francisco, espera começa antes da abertura do bazar

Receita anual com bazares chega a atéR$ 3 milhões, segundo entidade; são mais de 5.000 visitantes/mês

DE SÃO PAULO

Todos os dias, um grupo se posiciona às 8h30 em frente ao Lar Escola São Francisco, na Vila Mariana. Após meia hora de espera, a porta de vidro se abre e ocorre o que os funcionários chamam de "estouro da boiada".
Eles estão em busca de um brinquedo raro, um enfeite, discos, penteadeiras e outros artigos para pôr em casa ou revender. Entre os clientes está o restaurador Fernando Salles Pereira, 48. "É o nosso garimpo. Já achei aqui um quadro de Murillo La Grecca (pintor pernambucano) por R$ 10. Vendi por R$ 800."
Outro freguês é Washington Franco, 42, o Alemão. Colecionador de brinquedos, ele é dono de uma loja que funciona numa garagem.
"Aqui é um lugar interessante para buscar peças. Mas não é só chegar, comprar e vender. Tem que entender da história do brinquedo."
Segundo a gerente do bazar do Lar São Francisco, Maria Augusta Freitas Pinto, em 2010, a receita obtida com o bazar foi de R$ 250 mil/mês - foram 5.800 visitas.
A feira da Benedito Calixto, reduto de amantes de antiguidades, também tem como fonte os lares beneficentes. "A maioria vai garimpar nos bazares para comprar ou repor a mercadoria", diz Maria Emilia Ciavaglia, 62, da Associação dos Amigos da Praça Benedito Calixto.
Especialista em máquinas fotográficas, Sebastião Baltazar Sobrinho, 51, também circula por bazares, mas diz acreditar que as mercadorias boas chegam antes a clientes preferenciais. As entidades dizem que não há privilégios. (GIBA BERGAMIM JR.)

FOLHA.com

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