São Paulo, terça-feira, 15 de junho de 2004 |
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PANORÂMICA PARADA GAY Annan queria ter ido à marcha, mas seguranças não deixaram, afirma Marta O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, bem que queria, mas a segurança o impediu de participar da 8ª edição da parada gay de São Paulo, que aconteceu anteontem. A informação foi dada ontem pela prefeita Marta Suplicy (PT). Na avaliação da petista, a ausência do secretário-geral da ONU foi uma "pena", porque daria ainda mais visibilidade à parada paulistana, que, segundo a organização, foi a maior já realizada no planeta. Pela estimativa da Polícia Militar, 1,5 milhão de pessoas compareceram à festa. Para os organizadores, esse número foi de 1,8 milhão. De acordo com a prefeita, a Polícia Federal e a segurança da ONU avaliaram que seria melhor que Annan não fosse por causa do tamanho da manifestação. Não houve incidentes graves na festa, que mobilizou 1.200 PMs, 500 guardas municipais e 300 seguranças particulares. Apesar do balanço final e do número recorde, nem tudo era comemoração, ontem, na sede da Associação da Parada Gay, no centro da cidade. Se o evento do domingo se consagrava como a maior marcha gay do mundo, a constatação era a de que só visibilidade não significa conquistas políticas. "Não queremos ficar numa grande marcha, num único dia; queremos transformar essa visibilidade em avanços e direitos", disse Pedro Almeida, da Associação GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros), que organizou a parada. No próximo dia 21, às 19h, será criada a Frente Parlamentar Estadual pela Livre Iniciativa Sexual, coordenada pelo deputado Ítalo Cardoso (PT). "É um passo ainda pequeno num país que acaba de lançar a campanha Brasil contra a homofobia, mas onde projetos pela união estável entre homossexuais não avançam", afirma Almeida. (DA REPORTAGEM LOCAL) Texto Anterior: Violência: Menor é espancado diante de danceteria Próximo Texto: Educação: Tarso defende repasse maior a cidades pobres Índice |
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