DA SUCURSAL DO RIO

Os 250 integrantes do Batalhão de Pronta Resposta, tropa de elite da Força Nacional de Segurança, estão alojados em condições precárias no antigo 24º BIB (Batalhão de Infantaria Blindada), em Ramos, zona norte do Rio de Janeiro.
Convocados para apoiar o Plano de Segurança do Rio e atuar nos Jogos Pan-americanos, os soldados da Força Nacional de Segurança estão alojados em dormitórios superlotados, sem camas nem colchões, com mofo, cheios de ratos e insetos e mais reboco caindo do teto. No grupo, existem 17 mulheres. À Folha, cinco soldados que fazem parte do batalhão disseram que, mesmo vivendo nessas condições, o mais importante é a "missão" para qual fora convocados.
De acordo com esse grupo, a precariedade dos alojamentos faz parte das dificuldades da "missão" e também funciona como uma espécie de treinamento. Para os soldados, o que vale é a frase: "quanto pior melhor". Segundo eles, quanto maior é a dificuldade enfrentada pelo militar, mais valor ele passa a ter na corporação.
A Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça, divulgou nota em que afirma que o alojamento será melhorado.
"A secretaria informa que já adquiriu todo o mobiliário necessário para acolher os integrantes da Força Nacional no Rio de Janeiro. Ao todo, 6.000 policiais militares e bombeiros de todo o país serão mobilizados para reforçar a segurança dos Jogos Pan-Americanos. Este efetivo ficará alojado em três quartéis do Exército e em unidades da PM do Estado."
Segundo reportagem publicado no jornal "O Dia" de ontem, os agentes se revezam para dormir à noite nos três alojamentos, apelidados de "ratolândias". Outros chegam a armar barracas de camping para evitar ataques de aranhas e escorpiões, encontrados com freqüência, e para proteger a cabeça de pedaços de rebocos que também caem do teto.


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