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Falsa pelada da Neon se sentiu "coberta de joias"
COLUNISTA DA FOLHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A entrada da modelo Daniela Piala, 19, na passarela
da Neon aparentemente
"nua em pelo" causou espanto e curiosidade entre o
público da São Paulo Fa-
shion Week, no domingo.
Vestindo somente uma capa transparente, a moça confundiu até os olhares mais
atentos usando um aplique
sintético que imitava pelos
pubianos.
Em entrevista à Folha, a
modelo da Neon disse que
não se sentiu constrangida:
"Não me senti exposta, foi
como se estivesse coberta de
joias", diz a top, que foi muito aplaudida pelos convidados do desfile.
Depois da apresentação da
grife de Dudu Bertholini e Rita Comparato, começou a
discussão sobre a suposta
nudez.
"As pessoas confundiram
o tapa-sexo com meus pelos,
mas eu não estava nua. Para
que fique bem claro, eu não
sou daquele jeito [risos]", comenta Daniela, revelando
que é adepta de outro estilo
de depilação...
O tapa-sexo foi encomendado pela Neon na Hi Fi perucas. "Uma loja que faz bigodes e barbas para teatro",
diz Lau Neves, coordenador
de maquiagem da marca.
A Neon radicalizou uma
tendência que deu as caras
no primeiro dia do evento,
com a Tufi Duek, e se confirmou ao longo da semana.
Trata-se do que foi batizado pelos fashionistas como
"peladismo" -o uso de peças que revelam partes do
corpo feminino, dos seios às
coxas.
A fartura de carne à mostra, antes rotulada como vulgar pelo mundo da moda, ganhou novo status nesta temporada.
Segundo o stylist Paulo
Martinez, o corpo está exposto na edição por causa do uso
de tecidos como o nylon e as
redes. "Esses têxteis serão
sucesso no próximo verão".
(NINA LEMOS e VITOR ANGELO)
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