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Escolas de Alagoas entram em greve
DA AGÊNCIA FOLHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Professores e servidores da rede
estadual de ensino de Alagoas iniciaram ontem greve por tempo
indeterminado. Eles reivindicam
reposição salarial de 35%, além de
contratação de novos professores.
De acordo com o Sinteal (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas), em março foi
apresentada uma pauta de reivindicações ao governo do Estado e
até ontem não havia resposta. Em
Alagoas, a categoria reúne 23 mil
trabalhadores, entre professores e
servidores.
"O governador [Ronaldo Lessa
(PSB)] diz que está limitado pela
Lei de Responsabilidade Fiscal e
que não pode dar reajuste agora.
Estamos fazendo esse movimento
para mostrar que queremos discutir. O governo precisa encontrar uma forma de encaminhar a
questão", disse a professora Girlene Lázaro, presidente do Sinteal.
Os servidores fizeram ontem
uma assembléia para marcar o
início da paralisação. O indicativo
de greve já havia sido aprovado
em encontro no dia 8.
Na semana passada, o governador anunciou que não irá conceder reajuste salarial aos servidores
do Estado neste momento, com
exceção de cinco categorias que
estão sem reposição salarial há
nove anos. Os percentuais de reajuste vão depender da situação financeira do Estado e só serão discutidos a partir de setembro.
A paralisação dos professores
soma-se à greve dos policiais civis
do Estado, iniciada em 8 de junho.
Ontem à tarde, cinco policiais
civis que tiveram a prisão temporária decretada anteontem pela 4ª
Vara Criminal da Comarca de Penedo (AL) se apresentaram à Polícia Civil. Eles foram acusados de
danos ao patrimônio público durante protesto ocorrido no dia 8.
Segundo a Direção Geral da Polícia Civil de Alagoas, os policiais
invadiram a Delegacia Regional
de Penedo, rasgaram os pneus de
dois carros de polícia e picharam
os muros, além de ofender verbalmente os policiais de plantão.
Bahia
Em greve há uma semana, os
professores da rede estadual da
Bahia rejeitaram ontem a proposta apresentada pelo governo
-reajuste de 5% a partir de setembro e mais 15% de aumento à
categoria em novembro.
No final da manhã de ontem,
cerca de 500 professores participaram de uma manifestação no
centro de Salvador. A categoria
reivindica reajuste salarial de
45,78%, a realização de um concurso público e a incorporação
das gratificações.
De acordo com a Secretaria da
Educação, das 1.951 escolas em todo o Estado, 51% estão com as
suas atividades totalmente paralisadas. As demais estão parcialmente em greve ou com as suas
atividades normais.
O Sindicato dos Professores Licenciados da Bahia informou que
a adesão à greve atinge aproximadamente 90% das escolas baianas.
No total, existem 1,6 milhão de
alunos matriculados no ensino
público estadual.
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