São Paulo, quinta-feira, 15 de julho de 2004

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Escolas de Alagoas entram em greve

DA AGÊNCIA FOLHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Professores e servidores da rede estadual de ensino de Alagoas iniciaram ontem greve por tempo indeterminado. Eles reivindicam reposição salarial de 35%, além de contratação de novos professores.
De acordo com o Sinteal (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas), em março foi apresentada uma pauta de reivindicações ao governo do Estado e até ontem não havia resposta. Em Alagoas, a categoria reúne 23 mil trabalhadores, entre professores e servidores.
"O governador [Ronaldo Lessa (PSB)] diz que está limitado pela Lei de Responsabilidade Fiscal e que não pode dar reajuste agora. Estamos fazendo esse movimento para mostrar que queremos discutir. O governo precisa encontrar uma forma de encaminhar a questão", disse a professora Girlene Lázaro, presidente do Sinteal.
Os servidores fizeram ontem uma assembléia para marcar o início da paralisação. O indicativo de greve já havia sido aprovado em encontro no dia 8.
Na semana passada, o governador anunciou que não irá conceder reajuste salarial aos servidores do Estado neste momento, com exceção de cinco categorias que estão sem reposição salarial há nove anos. Os percentuais de reajuste vão depender da situação financeira do Estado e só serão discutidos a partir de setembro.
A paralisação dos professores soma-se à greve dos policiais civis do Estado, iniciada em 8 de junho.
Ontem à tarde, cinco policiais civis que tiveram a prisão temporária decretada anteontem pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Penedo (AL) se apresentaram à Polícia Civil. Eles foram acusados de danos ao patrimônio público durante protesto ocorrido no dia 8.
Segundo a Direção Geral da Polícia Civil de Alagoas, os policiais invadiram a Delegacia Regional de Penedo, rasgaram os pneus de dois carros de polícia e picharam os muros, além de ofender verbalmente os policiais de plantão.

Bahia
Em greve há uma semana, os professores da rede estadual da Bahia rejeitaram ontem a proposta apresentada pelo governo -reajuste de 5% a partir de setembro e mais 15% de aumento à categoria em novembro.
No final da manhã de ontem, cerca de 500 professores participaram de uma manifestação no centro de Salvador. A categoria reivindica reajuste salarial de 45,78%, a realização de um concurso público e a incorporação das gratificações.
De acordo com a Secretaria da Educação, das 1.951 escolas em todo o Estado, 51% estão com as suas atividades totalmente paralisadas. As demais estão parcialmente em greve ou com as suas atividades normais.
O Sindicato dos Professores Licenciados da Bahia informou que a adesão à greve atinge aproximadamente 90% das escolas baianas. No total, existem 1,6 milhão de alunos matriculados no ensino público estadual.


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