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Dez pessoas ficaram feridas, entre elas duas crianças e três adolescentes, em uma queima de fogos promovida pela Prefeitura de Campinas (95 km de São Paulo) ontem de madrugada, em comemoração dos 230 anos da cidade.
A Polícia Civil vai abrir inquérito para apurar se houve falha na explosão. Os fogos quebraram vidros de prédios comerciais e residenciais e danificaram veículos.
Ao menos 200 pessoas acompanhavam o início da queima de fogos para depois comer o bolo de aniversário da cidade.
A prefeita Izalene Tiene (PT) estava no local no momento da comemoração e não foi atingida.
A lei municipal nº 10.184/99 veta a comercialização e o armazenamento de fogos. O secretário de Cultura, Esportes e Turismo da prefeitura, Valter Pomar, disse que eventos com fogos não são proibidos. "A lei é clara e proíbe somente o armazenamento e a comercialização do material."
Pomar não forneceu o nome da empresa responsável pelos fogos. Ele disse que a Polícia Civil liberou a queima, mas não apresentou o documento à reportagem.
Segundo o secretário, todas as informações serão passadas hoje por meio de uma nota oficial.
O empresário Alexandre dos Santos Pereira, 35, prestou depoimento à polícia como responsável pela empresa. Ele disse à Folha que providenciou relatório sobre os danos para a prefeitura.
O adolescente Gustavo Fernando Dias, 16, foi o mais gravemente ferido no acidente; ele teve queimaduras no abdome, mas teve alta na tarde de ontem. Uma senhora voltou a ser internada por conta de um ferimento na perna.
Um dos feridos é o fiscal da Emdec (Empresa de Desenvolvimento de Campinas) Admilson Figueira, 37, que estava trabalhando no momento do acidente. Ele teve ferimentos nas mãos, nos braços e nas pernas e permanece em repouso em sua casa.


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