São Paulo, sábado, 15 de julho de 2006

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Segundo luthier, instrumento da congregação não é legítimo

DA REDAÇÃO

A reportagem levou fotos detalhadas de um dos instrumentos da congregação para a avaliação do luthier Ivan Guimarães, 44, que trabalha com violinos há 23 anos.
Para ele, o instrumento é falso. "Pelo acabamento, posso dizer que foi feito provavelmente na República Tcheca, entre 1900 e 1940. A voluta está mal-acabada, foi feita à máquina. O filete também foi mal-acabado e o verniz não corresponde."
"Faço em média umas quatro avaliações desse tipo por mês. Esses instrumentos geralmente são recebidos como herança, e as pessoas acham que têm um Stradivarius autêntico quando vêem o violino", diz Guimarães.
Os anos de trabalho permitiram que o luthier colecionasse histórias sobre as falsificações. "Teve gente que abriu mão de herança para ficar com violino falso. Perdeu sua parte para ficar com um instrumento que vale hoje cerca de R$ 2.500."
Ter um violino com um selo idêntico aos dos instrumentos originais feitos por Stradivari significa que a chance de a peça ser legítima é quase zero.


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