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"Devemos oferecer outras atividades"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Diretora do programa "Pelourinho Cultural", atividade
da Secretaria da Cultura do Estado, a jornalista Ivanna Souto
disse que "há um fundo de verdade" na reclamação dos comerciantes que trabalham no
centro histórico.
"Houve mesmo uma redução
do número de visitantes depois
que os espetáculos diários acabaram, mas queremos que os
turistas e outras pessoas que
freqüentam o Pelourinho tenham outras vertentes", afirma
a diretora do programa.
De acordo com a jornalista, o
projeto anterior, com shows
diários, estava desgastado.
"Devemos oferecer aos visitantes outras linguagens, como
as artes plásticas, a literatura,
os corais, o circo, os museus.
Temos tudo isto no Pelourinho
e as pessoas pensam que aqui
só há música", diz.
Souto reconhece que as prostitutas e os meninos de rua voltaram a circular com mais intensidade nas ladeiras do centro histórico. "O governo está
empenhado em resolver este
problema, mas a tarefa é de toda a sociedade."
Segundo a jornalista, a partir
de setembro o Pelourinho terá
uma nova programação. A anterior, que era totalmente bancada pelo Estado, foi suspensa
em março. "Alguns contratos
acabaram e o governo anterior
não deixou dotação orçamentária", afirma.
A Folha apurou que, em média, o Estado liberava R$ 200
mil por mês para o pagamento
de artistas e a manutenção da
infra-estrutura montada -palcos, som, iluminação e sanitários, por exemplo.
A diretora do "Pelourinho
Cultural" também defendeu o
investimento privado nas promoções dos eventos culturais.
"As pessoas que vão ter lucro
com os shows devem bancar os
espetáculos", afirma. (LF)
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