São Paulo, domingo, 15 de julho de 2007

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"Devemos oferecer outras atividades"

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Diretora do programa "Pelourinho Cultural", atividade da Secretaria da Cultura do Estado, a jornalista Ivanna Souto disse que "há um fundo de verdade" na reclamação dos comerciantes que trabalham no centro histórico.
"Houve mesmo uma redução do número de visitantes depois que os espetáculos diários acabaram, mas queremos que os turistas e outras pessoas que freqüentam o Pelourinho tenham outras vertentes", afirma a diretora do programa.
De acordo com a jornalista, o projeto anterior, com shows diários, estava desgastado.
"Devemos oferecer aos visitantes outras linguagens, como as artes plásticas, a literatura, os corais, o circo, os museus. Temos tudo isto no Pelourinho e as pessoas pensam que aqui só há música", diz.
Souto reconhece que as prostitutas e os meninos de rua voltaram a circular com mais intensidade nas ladeiras do centro histórico. "O governo está empenhado em resolver este problema, mas a tarefa é de toda a sociedade."
Segundo a jornalista, a partir de setembro o Pelourinho terá uma nova programação. A anterior, que era totalmente bancada pelo Estado, foi suspensa em março. "Alguns contratos acabaram e o governo anterior não deixou dotação orçamentária", afirma.
A Folha apurou que, em média, o Estado liberava R$ 200 mil por mês para o pagamento de artistas e a manutenção da infra-estrutura montada -palcos, som, iluminação e sanitários, por exemplo.
A diretora do "Pelourinho Cultural" também defendeu o investimento privado nas promoções dos eventos culturais. "As pessoas que vão ter lucro com os shows devem bancar os espetáculos", afirma. (LF)


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