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Atendimento de urgência cai 24% depois da lei seca
Dados são de 14 unidades do Samu (serviço móvel de resgate) em várias regiões do país
Casos são de atendimentos a
trauma, categoria em que
prevalecem resgates de
trânsito; ministério atribui
resultado à nova legislação
JOHANNA NUBLAT
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Balanço preliminar do Ministério da Saúde aponta que,
nos 20 primeiros dias de vigência da lei que proíbe o consumo
de álcool para motoristas, houve queda de 24% na média de
operações de resgate de trauma
feitas pelo Samu (Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência) em 14 unidades do serviço
em comparação com o mesmo
período um mês antes.
De 30% a 40% dos atendimentos do Samu no país são de
trauma, categoria em que prevalecem acidentes de trânsito.
A redução chegou a 47% na
região metropolitana de Niterói, no Rio. O levantamento nacional compara o intervalo de
20 de junho a 10 de julho (na
nova lei) com o de 20 de maio a
10 de junho (na lei anterior).
As unidades dão cobertura a
25,3 milhões de pessoas -há
101 milhões de usuários atendidos pelas 144 unidades do Samu. São elas: Brasília, os municípios de Campinas (SP), Porto
Alegre e Manaus e as regiões
metropolitanas de Salvador,
Vitória, Goiânia, João Pessoa,
Curitiba, Niterói (RJ), Nova
Iguaçu (RJ), Joinville (SC) e Ribeirão Preto (SP), além do Estado de Sergipe.
Segundo Juraci de Andrade
Dutra, coordenadora do Samu
em Niterói, a região tem muitas
rodovias, jovens e concentração de bares. "Aconteciam muitos acidentes." Ela diz que os
47% correspondem somente a
acidentes de trânsito reportados. O levantamento de Niterói
comparou os períodos de 20 de
junho a 9 de julho e de 31 de
maio a 19 de junho.
A Secretaria Estadual de Sergipe diz que os 14% informados
ao ministério se referem à redução no número de capotamentos e colisões em junho em
relação a maio. Na tabela, consta redução de 14% nos resgates.
Em Brasília (40%) e Porto
Alegre (35%) também houve
redução expressiva das operações. As menores foram nas regiões metropolitanas de Vitória
(9%) e Nova Iguaçu (4%).
"Podemos estabelecer, de
forma inequívoca, que a partir
do início da lei seca houve uma
redução nesse tipo de atendimento", diz Cloer Alves, coordenador-geral de urgência e
emergência do ministério.
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