São Paulo, terça-feira, 15 de julho de 2008

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Atendimento de urgência cai 24% depois da lei seca

Dados são de 14 unidades do Samu (serviço móvel de resgate) em várias regiões do país

Casos são de atendimentos a trauma, categoria em que prevalecem resgates de trânsito; ministério atribui resultado à nova legislação


JOHANNA NUBLAT
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Balanço preliminar do Ministério da Saúde aponta que, nos 20 primeiros dias de vigência da lei que proíbe o consumo de álcool para motoristas, houve queda de 24% na média de operações de resgate de trauma feitas pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) em 14 unidades do serviço em comparação com o mesmo período um mês antes.
De 30% a 40% dos atendimentos do Samu no país são de trauma, categoria em que prevalecem acidentes de trânsito.
A redução chegou a 47% na região metropolitana de Niterói, no Rio. O levantamento nacional compara o intervalo de 20 de junho a 10 de julho (na nova lei) com o de 20 de maio a 10 de junho (na lei anterior).
As unidades dão cobertura a 25,3 milhões de pessoas -há 101 milhões de usuários atendidos pelas 144 unidades do Samu. São elas: Brasília, os municípios de Campinas (SP), Porto Alegre e Manaus e as regiões metropolitanas de Salvador, Vitória, Goiânia, João Pessoa, Curitiba, Niterói (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Joinville (SC) e Ribeirão Preto (SP), além do Estado de Sergipe.
Segundo Juraci de Andrade Dutra, coordenadora do Samu em Niterói, a região tem muitas rodovias, jovens e concentração de bares. "Aconteciam muitos acidentes." Ela diz que os 47% correspondem somente a acidentes de trânsito reportados. O levantamento de Niterói comparou os períodos de 20 de junho a 9 de julho e de 31 de maio a 19 de junho.
A Secretaria Estadual de Sergipe diz que os 14% informados ao ministério se referem à redução no número de capotamentos e colisões em junho em relação a maio. Na tabela, consta redução de 14% nos resgates.
Em Brasília (40%) e Porto Alegre (35%) também houve redução expressiva das operações. As menores foram nas regiões metropolitanas de Vitória (9%) e Nova Iguaçu (4%).
"Podemos estabelecer, de forma inequívoca, que a partir do início da lei seca houve uma redução nesse tipo de atendimento", diz Cloer Alves, coordenador-geral de urgência e emergência do ministério.


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