São Paulo, terça-feira, 15 de agosto de 2000


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Migrantes não querem voltar

DA REPORTAGEM LOCAL

Com uma cesta básica fornecida pela igreja e doação de sobras de alimentos, a catadora de papel Marta Maria Bastos, 43, afirma conseguir sobreviver com menos de um salário mínimo por mês.
Nascida em Cidade do Cabo, a 40 quilômetros de Recife, ela veio há 15 anos para São Paulo com os quatro filhos em busca de um futuro melhor. "Aqui é muito melhor, não passo fome. Mas, se morasse em um sítio lá na minha terra, eu não ficaria tão doente."
A desempregada Julieta Silva Santos, 58, que sofre de hipertensão e reumatismo, sobrevive com dois salários mínimos por mês, em uma favela da zona sul de São Paulo com três filhos e uma neta.
Há 41 anos em São Paulo, ela não gostaria de voltar à sua terra natal, Piatã (BA). "Quando eu morava lá era ruim. Hoje dizem que está melhor, meu filho disse que tem até hospital".
Mãe de cinco filhos, a desempregada Joanice dos Santos, 27, veio da Bahia há 12 anos. Mesmo dizendo que "já cansou" de ver os filhos com diarréia e pneumonia, ela, que ganha dois salários mínimos, acha que a vida no Sudeste é bem melhor.


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