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Igrejas evangélicas auxiliam imigrantes ilegais
ROBERTO COSSO
DA REPORTAGEM LOCAL
As igrejas evangélicas brasileiras são o principal ponto de apoio
para os brasileiros que moram no
exterior. Desde que chegam aos
Estados Unidos ou aos principais
países da Europa ocidental, os
brasileiros recebem todo tipo de
apoio dessas igrejas, inclusive para alimentação e moradia.
Na região de Boston, há mais de
15 igrejas evangélicas brasileiras.
Com isso elas se tornam o ponto
de convergência social dos brasileiros, e os pastores se transformam em líderes da comunidade.
Em Zurique, as igrejas hospedam
os que ainda não conseguiram
emprego, fornecem alimentação
para eles e aulas de alemão.
O apoio dos evangélicos é dado
para qualquer pessoa, independentemente da religião. Com isso
muitos se convertem ao pentecostalismo ao enfrentarem as primeiras dificuldades no exterior.
O empenho das igrejas é recompensado quando os brasileiros
obtêm emprego. Apesar de trabalharem em geral mais de 12 horas
por dia, os imigrantes não deixam
de contribuir com o dízimo (cerca
de 10% do salário) para elas.
Quase todos os brasileiros residentes na Europa entrevistados
pela Folha no último mês disseram não ter os papéis imigratórios. Em Portugal, na França e na
Suíça, assim como nos EUA, geralmente trabalham na construção, na limpeza de casas e escritórios e na cozinha de restaurantes.
Pesquisa feita na Suíça mostrou
que a nacionalidade brasileira é a
segunda mais frequente entre as
prostitutas do país. O primeiro é
das mulheres de Camarões.
Os entrevistados disseram que
exerciam atividades semelhantes
no Brasil. No exterior, porém,
conseguem ganhar o bastante para ter um nível de vida melhor e
ajudar no sustento de suas famílias no Brasil. Em 2002, os imigrantes brasileiros enviaram US$
4,6 bilhões ao país.
Dinheiro esquecido
Uma pesquisa feita pelo Sindicato Interprofissional dos Trabalhadores em Genebra revela que
brasileiros "esqueceram" cerca de
US$ 142 milhões na Suíça.
Mesmo sem autorização para
trabalhar, é comum os empregadores suíços recolherem as taxas
previdenciárias dos estrangeiros.
A Suíça permite que o estrangeiro, mesmo expulso, resgate o fundo um ano após deixar o país.
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