Vandalismo vitima chafariz, diz prefeitura

DE SÃO PAULO

O chafariz da praça da Sé, reativado com pompa em janeiro de 2007, no aniversário da cidade, após reforma da área que consumiu R$ 4 milhões, não funciona por um motivo prosaico: foi furtado.
Segundo o Metrô, responsável pelo chafariz, foram levados os bicos de bronze por onde jorra a água, fios e disjuntores instalados na casa da bomba. "A companhia estuda uma maneira de embutir o sistema e assim impedir o vandalismo", diz, em nota.
A ação criminosa que vitimou o chafariz da Sé não é exclusividade da praça mais conhecida de São Paulo. Segundo a prefeitura, é esse o principal motivo de boa parte das fontes e chafarizes do centro estarem inativos.
O chafariz em frente ao prédio dos Correios, no vale do Anhangabaú, por exemplo, foi desativado em razão de depredação e furto de fios e de equipamentos. A prefeitura afirma, no entanto, que faz o esgotamento dos tanques por meio de sucção e que a limpeza é diária.
Vandalismo e furto de fios e equipamentos também levaram à destruição da fonte da ladeira da Memória, que é tombada pelo Condephaat (órgão de preservação do patrimônio histórico de SP).
"Alternativas estão sendo estudadas para a reativação", diz a Secretaria das Subprefeituras. Já a Secretaria da Cultura informa que a fonte foi restaurada em 2005 e, desde então, passa por limpezas periódicas acompanhadas pelo Departamento do Patrimônio Histórico.
Diz a secretaria que "a pichação que existe no pórtico já chegou ao conhecimento do DPH, que deverá fazer nova limpeza em breve".

FISCALIZAÇÃO
As fontes do túnel da avenida Nove de Julho também foram desligadas por vandalismo. O túnel é tombado pelo Conpresp (órgão municipal). Na praça da República, os lagos estão vazios e os chafarizes, desativados, porque passam por manutenção, segundo a prefeitura.
Já a Fonte Monumental, outra obra tombada pelo Condephaat, na praça Júlio Mesquita, será alvo de restauração -uma licitação está sendo feita pelo DPH.
Para o jornalista Douglas Nascimento, criador do blog "São Paulo Abandonada", que reúne imagens de monumentos e obras de arte públicas deterioradas na cidade, o poder público tem de agir.
"Está na hora de a prefeitura fazer alguma coisa, porque recebe imposto para isso. O principal é fazer uma fiscalização mais rigorosa."


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