FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos

Um adolescente de 16 anos que se apresentou anteontem acompanhado da mãe e do advogado ao 3º Distrito Policial de Santos confessou ter sido o autor dos disparos que mataram uma pessoa e deixaram outras duas feridas na praia da Aparecida, em Santos (litoral de São Paulo), durante o feriado de 7 de Setembro.
No momento dos tiros, por volta das 15h30, a praia ainda estava cheia, devido ao sol e ao feriado. Banhistas em pânico saíram correndo e se atiraram na areia para se proteger.
O adolescente disse em depoimento à polícia que atirou porque foi atacado por um grupo de rapazes do conjunto habitacional do BNH, na Aparecida, que supostamente pertencem a uma gangue.

Espancamento
O garoto afirmou que, algumas semanas antes, havia sido espancado quando estava em um quiosque na praia.
Os responsáveis seriam integrantes de um grupo do qual fazia parte Wagner dos Santos Bezerra da Silva, 20, morto após ser atingido pelo tiro que levou durante o tumulto na praia.
O adolescente que se apresentou ontem disse que, depois de ter sido espancado, decidiu comprar um revólver para se defender caso viesse a ser novamente ameaçado pelo grupo.
Depois de atirar, o adolescente fugiu e jogou na areia o revólver, achado por um policial militar.

Feridos
Outras duas pessoas ficaram feridas após os disparos na praia.
Eduardo Rodrigo Santos, 20, foi atingido com um tiro no braço, e um morador da cidade de São Paulo, que não compareceu à delegacia, com um tiro de raspão no quadril.


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