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Ouvidoria apura mortes por grupos de extermínio
MÁRCIO PINHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Ouvidoria da Polícia de São
Paulo divulgou ontem um relatório indicando que ao menos
82 civis foram assassinados por
grupos de extermínio durante a
primeira onda de ataques da
facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), entre
os dias 12 e 21 de maio.
Segundo o ouvidor de polícia
do Estado, Antonio Funari Filho, as mortes são de autoria
desconhecida e os grupos de
extermínio não foram identificados até o momento. Porém,
admite que eles podem ser formados por policiais ou membros de facções criminosas.
"Queremos conhecer os autores desses crimes. As famílias
merecem saber", afirma.
A Secretaria da Segurança
Pública de São Paulo, procurada pela reportagem, não se manifestou sobre o relatório.
Até o momento, a ouvidoria
analisou cerca de 300 dos 493
assassinatos ocorridos no período, segundo dados do Cremesp (Conselho Regional de
Medicina de São Paulo).
23 presos
A Polícia Civil prendeu ontem 23 pessoas acusadas de ligação com o PCC em quatro cidades na região de Limeira (151
km de São Paulo). A ação foi batizada de "Operação Alçapão" e
envolveu 104 policiais divididos em 26 equipes. Todos os
detidos, segundo a polícia, tinham a função de cumprir ordens dadas por chefes da facção
de dentro dos presídios.
Colaborou a Agência Folha, em Campinas
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