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Desapropriações necessárias para parque linear serão mapeadas
Governo abriu licitação de R$ 12,5 milhões para levantamento ao longo do Tietê
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo de São Paulo abriu
licitação para contratar, por R$
12,5 milhões, uma empresa que
irá fazer o levantamento do número de famílias que perderão
seus imóveis e terão de ser realocadas na capital e em Guarulhos para a criação do parque
Várzeas do Tietê.
O DAEE (Departamento de
Águas e Energia Elétrica), que
abriu a licitação, ainda não estimou quantas famílias serão
afetadas pelo parque.
Por meio de fotos aéreas, o
gabinete do deputado estadual
Adriano Diogo (PT) na Assembleia Legislativa estimou que
há cerca de 20 mil casas na área
escolhida, de 107 km2.
Com 75 quilômetros de extensão ao longo do rio Tietê, o
projeto -que o governo chama
de "maior parque linear" do
mundo-, assinado pelo arquiteto Ruy Ohtake, deve ser concluído somente em 2012, conforme o cronograma estabelecido na licitação.
Na semana passada, um grupo de deputados de oposição ao
governo José Serra (PSDB)
reuniu associações de moradores da área do novo parque para discutir as desapropriações.
"Já temos um receio porque
no governo ninguém assume a
paternidade do projeto. Ninguém fala, ninguém explica, e
os moradores ficam sem saber
se vão ter os terrenos desapropriados ou não", diz Diogo. No
próximo sábado, os moradores
voltarão a se reunir.
Segundo a Secretaria de
Energia e Saneamento, pasta à
qual está vinculado o DAEE, o
parque também terá efeito positivo no sistema de drenagem
de São Paulo, já que vai garantir a manutenção de grandes
áreas permeáveis ao longo do
Tietê, principal calha de escoamento de água da Grande SP.
O Estado também vai contratar uma empresa para assessorar a busca de financiamento
do BID, de R$ 2 bilhões, para a
construção. O Estado decidiu
implantar o parque em 33 núcleos, em oito municípios, com
77 campos de futebol, 129 quadras poliesportivas e 230 km
de ciclovias. A primeira etapa
deve ser inaugurada em março
de 2010.
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