São Paulo, Sexta-feira, 15 de Outubro de 1999
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EDUCAÇÃO

Paulo Renato Souza disse que essa é uma questão estadual
Ministro da Educação descarta intervenção na USP de Bauru

GUSTAVO PORTO
da Folha Campinas

O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, descartou ontem qualquer tipo de intervenção por parte do ministério no campus da USP (Universidade de São Paulo), em Bauru.
"Isso é uma questão estadual e a USP é uma universidade do Estado. Se houver denúncias desse tipo em universidades federais, nós vamos abrir sindicância e investigar. Eu nem sei qual é o problema em Bauru", afirmou o ministro ontem em Vinhedo (85 km de São Paulo).
Ele disse desconhecer as supostas irregularidades no destino de verbas públicas e nos cursos de especialização.
A Procuradoria da República e a reitoria da USP investigam denúncias de que professores da universidade em Bauru contratados em regime de dedicação integral estariam ministrando cursos de especialização. A investigação ainda apura supostas irregularidades no destino de US$ 2 milhões em dinheiro público.
Paulo Renato esteve em Vinhedo para assinar um convênio que prevê a construção do Centro de Educação Profissional. O centro será construído em uma área de 17.900 m2, desapropriada e que não foi paga pela prefeitura.
A falta de pagamento da dívida, de aproximadamente R$ 6 milhões com a família Frediani, gerou um dos cinco pedidos de intervenção na cidade por parte do TJ (Tribunal de Justiça) do Estado de São Paulo.
"Eu tenho a impressão de que esse aspecto tenha sido revisado e o terreno deve pertencer à prefeitura. Se houver problemas nesse sentido, vamos examinar, mas eu não tenho conhecimento", afirmou o ministro.
Para o prefeito da cidade, Milton Serafim (PSDB), o terreno é da prefeitura e o que está sendo discutido é a dívida. "Nós achamos que o seu valor é de R$ 2,5 milhões. Eu quero pagar, mas é preciso parcelar em oito ou dez anos", disse.


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