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FOCO
Represa Billings recebe 400 toneladas de lixo por dia
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Garrafas pet, eletrodomésticos, bonecas, sofás, vaso
sanitário e monitor de computador são alguns dos itens
do lixo despejado na represa
Billings, que recebe 400 toneladas de entulho por dia,
de acordo com a Sabesp.
A falta de saneamento é
outro problema, que faz com
que bairros da zona sul próximos à represa, como Parque Primavera, Balneário
São Francisco e Santa Terezinha, despejem esgoto em
suas águas.
Para tentar reverter a situação, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico
do Estado de São Paulo)
mantém um programa de
melhoria ambiental, o Pró-Billings, que até 2015 deve regularizar o esgoto coletado
na bacia em São Bernardo do
Campo.
Ontem, a companhia assinou com a Jica (agência japonesa de cooperação internacional), em Tóquio, um contrato de financiamento no
valor de US$ 63 milhões para
encaminhar o projeto. As
obras começam em janeiro.
A Sabesp também tem realizado mensalmente mutirões de limpeza.
"Antes, os moradores nadavam na represa. Hoje, ela
serve como esgoto e lixão",
diz o comerciante Rogério
Viana, 34, que há 18 anos
mora no Parque Primavera,
de frente para a Billings.
Uma lei estadual foi sancionada no ano passado para
proteger a represa, responsável pelo abastecimento de 1,2
milhão de pessoas na Grande
São Paulo.
Sua bacia é habitada por
1 milhão de moradores -pelo menos 250 mil imóveis são
irregulares.
(GUTO LOBATO, VITOR SION e CLARISSA FALBO)
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