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Casal nega acusação de racismo em BH
FÁBIA PRATES
da Agência Folha, em Belo Horizonte
O casal de comerciantes mineiro, que havia sido preso em flagrante sob acusação de racismo,
negou ontem que tenha xingado a
delegada Maria de Lourdes Bernadete Silva e Silva, suas duas filhas e
uma amiga delas com palavras
preconceituosas.
Depois de quatro dias na cadeia,
Gleuber Gonçalo Coelho, 37, e a
mulher dele, Vilma de Fátima
Campos Pereira Coelho, 38, foram
soltos na noite de anteontem. Eles
pagaram fiança de quatro salários
mínimos (R$ 520) para os dois.
Segundo declaração da delegada, o casal as teria chamado de
"crioulas", "macacas mumificadas" e "negras", no clube Labareda, na zona norte de Belo Horizonte, no último sábado.
Foi a própria delegada, que não
estava em serviço, quem deu a voz
de prisão ao casal.
"Não xinguei. Nunca falei isso
com pessoa nenhuma. Eu frequento ambientes de pessoas de
cor e sou sempre bem tratado. Na
família da minha esposa 90% são
de pessoas de cor", disse o comerciante ontem.
A esposa dele completou a defesa: "Como eu vou ser racista? Minha família toda é escura, de cabelo ruim".
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