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Adestramento mal feito apresenta perigo
Mordida tem pressão
de duas toneladas
RITA NAZARETH
da Reportagem Local
A mordida do rottweiler é a
mais forte de todos os cachorros. Segundo o adestrador
Glauco Barreto Sartori, a pressão da mandíbula do cão no
início do ataque chega a 2 t.
"Logo após a mordida, a potência é reduzida para 1 t." De
acordo com o adestrador, a
forma do rottweiler atacar é
morder a vítima e mantê-la
presa pela mandíbula. "O cão
derruba a vítima e pode arrastá-la por vários metros", disse.
A cada ano, cerca de 10 mil
paulistanos são atacados por
cães. As lesões mais graves, no
entanto, são provocadas por
cães de guarda mal treinados.
"É evidente que há cães com
diferentes índoles", diz Marcelo Brandão, diretor do Centro
de Controle de Zoonoses.
"Mas o cachorro é o espelho de
seu treinador."
Brandão alerta que é preciso
que se construa um área para
deixar o animal livre. "O cachorro não pode ficar preso em
um espaço minúsculo", diz.
Na opinião de Paulo Rogério
Romariz, que adestra cães há 12
anos, a principal deficiência de
um treinamento é pular etapas.
De acordo com ele, há três fases no treinamento de cães:
obediência, guarda e ataque.
Na primeira etapa, o cão
aprende o básico, como discernir o certo do errado e, na segunda, noções de vigilância. Só
na terceira etapa, no entanto,
deve ser ensinado o ataque.
"Há adestradores que não
venceram nem a primeira etapa e já ensinam o ataque", diz
Romariz. "Como não têm
controle sobre o cão, o perigo é
sempre iminente."
Romariz também fala da necessidade de se respeitar o limite mínimo de idade para se começar um adestramento -sete
meses. "Depois de quatro meses de treinamento básico, o
cão estará apto para o ataque."
Colaborou Renato Krausz, da Reportagem
Local
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