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SÃO PAULO
Dez horas de mau tempo entre a noite de anteontem e a manhã de ontem provocaram lentidão recorde no ano
Chuva causa congestionamento e apagões
DA REPORTAGEM LOCAL
As fortes pancadas de chuvas
que atingiram a cidade de São
Paulo, por dez horas seguidas, nos
dois últimos dias, causaram o
pior congestionamento do ano na
cidade, deslizamentos de encostas
e blecaute parcial em oito bairros.
Começou a chover anteontem,
às 22h, segundo o Inpe (Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais),
que mediu 36,1 milímetros até as
16h30 de ontem. Não chovia tanto
na capital havia 61 dias.
Meio milhão de pessoas moram
nas regiões atingidas pelos apagões. A Eletropaulo não soube
precisar o total de casas afetadas.
Segundo a empresa, as falhas
ocorreram por mau contato nos
fios, que estavam secos em razão
do longo período de estiagem.
Butantã, Pinheiros, Lapa, Vila
Maria, Alto de Pinheiros, Vila Remédios, Morumbi e Vila Medeiros foram as regiões mais prejudicadas. Blecautes duraram no máximo meia hora, entre a noite de
anteontem e a manhã de ontem.
As cidades de Embu-Guaçu,
Cotia e Cajamar (Grande São
Paulo), também ficaram no escuro, por uma hora.
Às 9h de ontem, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego),
registrou 161 km de congestionamento -recorde no ano para o
período da manhã. É quase a marca histórica de 163 km de lentidão
registrada em 96. Na semana passada, mesmo com greve de ônibus, a lentidão foi de 130 km.
Das 2h às 9h, foram registrados
15 pontos de alagamento em São
Paulo. Nas avenidas do Estado e
Magalhães de Castro, apenas os
veículos pesados conseguiam
passar. A pista da marginal Tietê
que dá acesso à rodovia dos Bandeirantes ficou intransitável.
O CPTrans (Comando de Policiamento de Trânsito) registrou
79 acidentes, entre 6h e 12h de ontem, sendo 34 deles com vítimas.
A Defesa Civil atendeu 17 ocorrências nas dez horas de chuva
mais intensa. Um barraco caiu e
oito foram interditados na estrada de Aricanduva (zona sul), por
causa de deslizamentos.
Para a prefeitura, os estragos
provocados pelas chuvas poderiam ter sido piores, caso não
existissem as obras antienchente.
"Só os cinco piscinões em funcionamento retêm 1,5 milhão de m3
de água", afirma o secretário de
Comunicações, Antenor Braido.
As chuvas, de acordo com Braido, serviram para testar o esquema emergencial montado pela
prefeitura no ano passado. "Às
5h55, a cidade já havia entrado em
estado de alerta, o que quer dizer
que todos, da Defesa Civil ao Corpo de Bombeiros, estavam de
prontidão."
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