|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PATRIMÔNIO
Tombada em 1992, Maria Zélia sofre descaso
Ministério Público vai investigar abandono de vila operária de SP
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério Público Federal
mandou instaurar um procedimento (investigação) para apurar
o abandono da Vila Maria Zélia,
uma das mais importantes vilas
operárias de São Paulo, inaugurada em 1916 e considerada revolucionária pelos serviços inéditos
que oferecia aos trabalhadores.
Como o proprietário dos prédios históricos da vila é o INSS
(Instituto Nacional do Seguro Social), o estado deles deve ser averiguado pelo Ministério Público,
que tem entre suas atribuições zelar pelo patrimônio público federal. É o que diz ofício encaminhado nesta semana pela procuradora da República Denise Neves
Abade à coordenadoria da Secretaria de Ofícios da Tutela Coletiva.
O documento cita reportagem
de capa da Revista da Folha publicada domingo passado, cujo tema era a importância histórica e a
situação atual de três vilas operárias paulistanas, a Economizadora, a dos Ingleses e a Maria Zélia.
Criada pelo empresário Jorge
Street (1863-1939) no Belenzinho,
zona leste de São Paulo, e tombada em 1992 pelo Condephaat, a
Maria Zélia tem pelo menos dois
de seus prédios históricos em estado de semidestruição.
O procedimento do Ministério
Público é o primeiro passo para a
abertura de uma eventual Ação
Civil Pública, caso as apurações
demonstrem que seja necessário
entrar com ação contra o INSS ou
outro órgão federal que tenha
conservado mal a vila. A assessoria do INSS afirmou à Folha que
estuda uma doação à prefeitura.
"É uma notícia muito boa, pois
começa a solucionar o problema
que cerca esses prédios há muitos
anos", disse o empresário Paulo
Salomão, vice-presidente da Sociedade Amigos da Vila Maria Zélia e morador da vila há 30 anos.
Texto Anterior: Abastecimento: Chuvas adiam o racionamento de água para a próxima semana Próximo Texto: Panorâmica - Urbanismo: Justiça impede, pela 2ª vez, a retomada das obras do corredor na av. Rebouças Índice
|